Após protesto, prefeitura promete cadastrar desabrigados de favela incendiada

Após um grupo de aproximadamente 100 pessoas bloquearem por cerca de 40 minutos os dois sentidos do Viaduto do Chá, no Centro de São Paulo, entre às 10h e 10h40 desta terça-feira, 8, uma comissão formada por cinco pessoas, entre elas o líder comunitário da favela Esmaga Sapo, Ronaldo José da Silva, foram recebidos pelo secretário de relações governamentais Paulo Frateschi e pelo subprefeito da Penha, Miguel Perrela.

De acordo com o líder comunitário, ficou acordado que equipes da prefeitura irão até a Rua Aracati, onde estava localizada a comunidade que pegou fogo em 2 de abril, para que possam cadastrar os moradores em relação à bolsa aluguel. Num primeiro momento, o cadastro irá valer para que os desabrigados possam ser levados para abrigos ou albergues da prefeitura.

Protesto contou com mulheres e crianças

Um grupo de cerca de 100 pessoas, todos moradores da favela Esmaga Sapo, na região da Penha, Zona Leste, que pegou fogo no último dia 2, bloquearam por 40 minutos ambos os sentidos do Viaduto do Chá, entre às 10h e 10h40 desta terça-feira, 8, em protesto por moradia e por “benefícios prometidos pelo prefeito Fernando Haddad (PT), e não cumpridos”, de acordo com o líder comunitário Ronaldo José da Silva.

Segundo a cozinheira Maura Pereira da Silva, de 40 anos, que estava com Jamily, de apenas 4 meses no colo, um dia após o incêndio, agentes da prefeitura deram uma cesta básica, um colchão, um sabonete, uma toalha e escova e pasta de dentes. “Estou morando em baixo da ponte, o que adianta me darem uma cesta básica, se não tenho onde cozinhar. A fumaça faz mal para o bebê. Estou pagando meus móveis que comprei nas Casas Bahia, e não tenho mais nada”. Segundo Maura, a casa sob o Viaduto Engenheiro Alberto Badra, vivia ela, o marido, três filhas, duas enteadas e neta.

Os moradores desejam ser recebidos pelo prefeito e pedem entre outras coisas, “auxílio aluguel, moradia digna e “Copa para os brasileiros”.