Depredação e bombas deixam em pânico populares que estavam na Consolação

Agendado pelas redes sociais, principalmente via Facebook, o ato contra os gastos para a Copa do Mundo teve apenas vinte minutos de passividade, entre às 18h50 e 19h15, no início da noite desta quinta-feira, 15. Cerca de duas mil pessoas (na conta da Polícia Militar 1.200 pessoas), se concentraram desde às 17h na Praça do Ciclista, no cruzamento da Avenida Paulista com a Rua da Consolação.

A manifestação reuniu diversos grupos contrários a realização da Copa do Mundo no Brasil. Faixas, adesivos e cartazes se misturavam a bandeiras amarelas com a inscrição “Juntos”, ala jovem do Partido Socialismo e Liberdade (Psol). Entre os manifestantes, alguns mascarados e usando trajes na cor preta, adeptos da tática black bloc, que tradicionalmente formam a linha de frente, deixaram um grupo de mulheres ocuparem o espaço, formando uma segunda fila. Assim que saíram em marcha, exatamente às 18h50, o grupo percorreu cerca de cem metros quando houve uma pausa na altura da Rua da Consolação com Rua Matias Aires. Pausa esta que virou cenas de depredação, bombas, balas de borracha e muito corre-corre.

Policiais Militares estavam se alinhando nas laterais dos manifestantes, quando um grupo foi em direção aos PMs que estavam à direita, na calçada e, passou a insultá-los. Um objeto chegou a ser atirado contra à guarnição, que respondeu com golpes de cassetete e disparos de bombas de efeito moral. Com o trânsito sentido Avenida Rebouças liberado, motoristas entraram na contramão e passageiros nos ônibus gritavam desesperados. Lançadas ao alto pelo PMs, as bombas de efeito moral cruzavam o céu deixando um rastro de fogo e ao cair no solo faziam um barulho ensurdecedor. O gás fez diversas pessoas que não estavam no ato passarem mal. Um fotógrafo foi atingido na região da perna e teve de ser atendido em meio ao confronto.

Empurrados pelas bombas, um grupo que descia em direção à Praça Roosevelt, depredou a fachada da concessionária Hyundai. Uma caminhonete teve os vidros quebrados e sua lataria pichada. Barricadas com lixo, floreiras e lixeiras foram montadas na via. Cercados, os manifestantes entraram na Rua Pedro Taques e seguiram em direção à Rua Bela Cintra. Assim que viram o carro blindado da Tropa de Choque, o Centurion, os manifestantes correram e passaram a se dispersar pelas vias de Higienópolis e República. Três agências bancárias foram depredadas, sendo duas na Rua da Consolação e uma na Avenida Paulista. Uma viatura teve o vidro traseiro estilhaçado. Sete presos foram detidas e conduzidas ao 78° DP (Jardins).

itau