Desabrigados da favela Esmaga Sapo protestam na frente da prefeitura de SP

Um grupo de cerca de 100 pessoas, todos moradores da favela Esmaga Sapo, na região da Penha, Zona Leste, que pegou fogo no último dia 2, bloquearam por 40 minutos ambos os sentidos do Viaduto do Chá, entre às 10h e 10h40 desta terça-feira, 8, em protesto por moradia e por “benefícios prometidos pelo prefeito Fernando Haddad (PT), e não cumpridos”, de acordo com o líder comunitário Ronaldo José da Silva.

Segundo a cozinheira Maura Pereira da Silva, de 40 anos, que estava com Jamily, de apenas 4 meses no colo, um dia após o incêndio, agentes da prefeitura deram uma cesta básica, um colchão, um sabonete, uma toalha e escova e pasta de dentes. “Estou morando em baixo da ponte, o que adianta me darem uma cesta básica, se não tenho onde cozinhar. A fumaça faz mal para o bebê. Estou pagando meus móveis que comprei nas Casas Bahia, e não tenho mais nada”. Segundo Maura, a casa sob o Viaduto Engenheiro Alberto Badra, vivia ela, o marido, três filhas, duas enteadas e neta.

Os moradores desejam ser recebidos pelo prefeito e pedem entre outras coisas, “auxílio aluguel, moradia digna e “Copa para os brasileiros”.