Linha Lilás do Metrô paralisa e usuários relatam não ser primeira vez

Vagões cheios como em qualquer outra linha do Metrô de São Paulo. A linha Lilás, que liga o Largo 13, em Santo  Amaro, na Zona Sul ao Capão Redondo, no extremo Sul,também enfrenta seus problemas no dia a dia. São 17h30 da última quinta-feira, 16, quando as luzes da plataforma da estação Giovanni Gronchi e dos vagões do trem que ruma sentido Capão Redondo se apagam.

O aviso sonoro da estação avisa que por conta da falta de energia as operações estão paralisadas. Num segundo momento, outro aviso é dado, desta vez, com um previsão de 15 minutos. A reportagem do Infodiretas está no local para a cobertura do ato chamado ‘Rolezão contra o Aparthaid’, promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) no Shopping Campo Limpo, na Zona Sul.

DSCF0876 (800x451)Usuário da linha Lilás, o montador de painéis de energia Wesley Dias, de 22 anos, está acompanhado das amigas Bianca Gomes, de 20 anos, e de Bianca Nascimento, de 13, todos vindos do Shopping SP Marketing. Wesley comemora por estar de folga, mas ao mesmo tempo disse que esperava chegar mais cedo em casa, no Jardim Novo Horizonte. “Mesmo sem chuva forte, essa já é a segunda vez em cinco meses que acontece o mesmo problema”. “A passagem é cara, e ainda prejudica o usuário. Tenho um compromisso inadiável às 19h30, conclui”.

Um terceiro aviso sonoro é dado, desta vez de que não há previsão para o retorno. Assim como muitas pessoas, a reportagem decide ir de ônibus. Ao falar com o supervisor da estação, ele alega que um problema no fornecimento de energia prejudica a linha Esmeralda. Por conta da situação, recebo um bilhete unitário, mas muitas das outras pessoas não.

DSCF0878 (800x451)Do outro lado da catraca, muitas pessoas se aglomeram, entre elas está o auxiliar administrativo Fernando de Oliveira, 28 anos, morador do Capão Redondo. De acordo com ele, também é a segunda vez que o Metrô o deixa na mão na volta para casa. “A infraestrutura tem que ter investimento. Não adianta só querer ganhar dinheiro. Tem de haver ma solução, como a compra de geradores”.

Mais de meia-hora depois, a reportagem deixa o local e embarca no ônibus Terminal Campo Limpo que, por conta da paralisação do Metrô, sai do Terminal João Dias abarrotado.