Moradores e MPL bloqueiam avenida e pedem volta da linha 577T
Uma manifestação que teve como ponto de encontro a Praça Elis Regina, na região do Butantã, Zona Oeste, reuniu na tarde desta sexta-feira, 7, cerca de 200 pessoas, em sua maioria idosos, que exigem a volta integral da Linha 577T, que antes ligava o bairro do Jardim Miriam, na periferia da Zona Sul, até o bairro de Vila Gomes, no extremo Oeste. Desde outubro do ano passado, a linha 577T opera apenas até o Metrô Ana Rosa, na Zona Sul.
O ato que teve início às 17h, bloqueou por volta das 18h10 todas as faixas do sentido Centro da Avenida Corifeu de Azevedo Marques, até a Avenida Benjamim Mansur, quando escoltados por duas viaturas da Polícia Militar e quatro motos da Rocam, os manifestantes liberaram o sentido Centro e passaram a ocupar o sentido bairro da mesma avenida. Agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) monitoraram o trânsito da região, que não sofreu tanto impacto por conta do bloqueio rápido. Por volta das 18h45 todas as pistas estavam liberadas.
Munidos de faixas, bandeiras e cânticos, em sua maioria contra o prefeito Fernando Haddad (PT), os participantes do ato ainda receberam apoio de militantes do Movimento Passe Livre (MPL), que engrossaram a caminhada com cerca de 20 integrantes, alguns munidos de instrumentos, componentes da tradicional fanfarra do movimento, presente em todos os atos do MPL nos protestos de junho.
A principal reivindicação dos moradores pela volta da linha, é que ela atendia a muitos idosos, que a utilizavam para ir aos hospitais do circuito da Avenida Paulista, como o das Clínicas e o Incor, além do Hospital São Paulo. “Os idosos que incentivaram a caminhada. Se os jovens conseguiram [redução da tarifa], nós vamos conseguir também”, disse o professor Francisco Bodião, de 43 anos. De acordo com Givanildo, um dos organizadores do ato, a proposta repassada por um funcionário da SPTrans que esteve no local não é valida. “Querem colocar duas linhas circulares até o Butantã, isso não atende a nossa demanda”.
Para Matheus Preis, militante do MPL, “a política de transporte de cortar linhas sem consultar a população, é algo arbitrário”. Procurada, a assessoria de imprensa da SPTrans informou que não tinha informações sobre o ato.