Movimentos promovem ato contra a violência da PM nesta terça-feira, 1º, em SP

A cidade de São Paulo deve receber no início da tarde desta terça-feira, 1º de abril, um ato contra a violência policial e os crimes cometidos pelo Estado. A manifestação terá concentração às 14h, na Praça Oswaldo Cruz, na região do Paraíso, na Zona Sul.

Os organizadores esperam um público de cerca de 5 mil pessoas, que devem caminhar da Praça Oswaldo Cruz, até o prédio do Ministério Público Federal, na Avenida Paulista, pouco depois do Masp. Com a marcha, o sentido Rua da Consolação, da Avenida Paulista, deve ser bloqueado. A intenção, é protocolar no MPF “documento contra a criminalização das manifestações”. O mesmo documento deve ser entregue no Escritório da Presidência da República.

A manifestação, que é intitulada “A ditadura acabou, mas a PM não mudou – Ato contra a repressão policial e pelo direito à manifestação”, é organizada pelo movimento Porque o senhor atirou em mim?, que reúne familiares de vítimas assassinadas por policias militares, e remete a uma frase do adolescente Douglas Rodrigues, de 17 anos, assassinado por um PM em serviço, na Zona Norte, antes de morrer. O ato, ainda é encabeçado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e pelo Sindicato dos Metroviários, e deve contar com a participação do Movimento Sem Terra (MST), Movimento Passe Livre (MPL), Uneafro, Resistência Urbana, Periferia Ativa, CA 11 de Agosto, Coletivo Arrua, Marcha Mundial das Mulheres, Levante Popular da Juventude, Articulação Política de Juventudes Negras e JSOL.

O link do evento no Facebook ainda complementa: “Em 1º de Abril, completa-se 50 anos do golpe que instaurou uma ditadura no Brasil. Em 21 anos de governos comandados pelos militares, centenas de pessoas foram mortas e desaparecidas. Com luta, reconquistamos a democracia, mas muitos entulhos autoritários ainda seguem vivos no nosso país. A violência policial, em especial a cometida contra negros e pobres, é uma das faces mais sombrias daquele período”, finaliza.