PMs da Rota que invadiram Carandiru são condenados a 624 anos de prisão

Após cinco dias de um julgamento que teve início na última segunda-feira, 29, o tribunal do júri, composto por sete homens condenou os policiais militares que invadiram o segundo andar do pavilhão nove em 2 de outubro de 1992. A chacina de 11 presos ficou conhecida internacionalmente como ‘Massacre do Carandiru’. O juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo leu a sentença por volta das 4h30 deste sábado, 3 de agosto. Os 25 réus, que à época pertenciam à Ronda Ostensiva Tobias Aguiar foram condenados a 624 anos de prisão, em regime fechado, pelo homicídio de 52 homens. A semana do julgamento que teve depoimentos que duraram mais de três horas, foi mínimo perto da espera de quase 21 anos para o trânsito do processo. Por conta da condenação, os policiais militares ainda na ativa perderam o direito ao cargo público. Tanto a prisão como a perda do  cargo só é dada após os esgotamentos dos recursos de defesa, portanto, os condenados responderão em liberdade.

Os policiais militares considerados culpados são: Valter Alves Mendonça, Luiz Antonio Tavares, Carlos do Carmo Brígido Silva, Ítalo Del Nero Júnior, Carlos Alberto Siqueira, José Carlos do Prado, Marcos Gaspar Lopes, Ariovaldo dos Santos Cruz, Roberto Alves de Paiva, Valquimar Souza Gomes, Pedro Laio Moraes Ribeiro, Antonio Aparecido Roberto Gonçalves, Marcos Heber Frederico Junior, Raphael Rodrigues Pontes, Alex Morello Fernandes, Benjamin Yoshida de Souza, Marcelo Gonzalez Marques, Carlos Alberto Santos, Edson Pereira Campos, Salvador Modesto Madia, Eno Aparecido Carvalho Leite, Luiz Augusto Gervásio, Mauro Gomes de Oliveira, Roberto Lino Soares Penna, Silvério Benjamin da Silva e Walter Tadeu de Andrade.