SSP faz apelo e coloca como prioridade prisão de criminosos que mataram criança

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), através do secretário Fernando Grella, informou que a prisão dos seis homens, acusados de invadir a casa de uma família boliviana e atirar covardemente contra a cabeça de um menino de cinco anos, é de prioridade máxima para a polícia da capital. “Temos uma pista. A polícia está toda empenhada. É um crime difícil porque não havia câmeras, não havia elementos outros de informação. Então vai exigir muito trabalho de campo. E eu queria aproveitar a presença dos senhores para solicitar à população através do Disque-Denúncia, 181, que ajude a polícia”. Além da fala do secretaria, a página do Twitter, da SSP, também exibiu uma mensagem pedindo que possíveis testemunhas entram em contato com a polícia, informando que toda e qualquer informação tem caráter de sigilo absoluto. Na tarde desta sexta-feira, 28, crianças bolivianas seguram cartazes pedido paz e justiça, na frente da casa onde Brayan Yanarico Capcha foi assassinado com um tiro na cabeça. Na delegacia em que foi registrado o boletim de ocorrência, os agentes da 49ºDP (São Mateus) classificaram os criminosos como “insaciáveis, extremamente agressivos e cruéis, demonstrando profunda depravação espiritual, visto que os bolivianos não dispunham de mais nenhuma quantia em dinheiro (…)”. Pela covardia, a polícia não descarte cime de vingança, além de os criminosos possivelmente serem conhecidos, pois cinco deles usavam capuzes no momento do assalto.

O crime

O menino boliviano Brayan Yanarico Capcha, de cinco anos, assassinado por bandidos que invadiram sua casa, com um tiro na cabeça, pediu minutos antes para não morrer, segundo sua mãe, a costureira Veronica Capcha Mamani. O drama da família teve início por volta da 0h30, quando um tio do garoto, que chegava na residência foi abordado por seis bandidos, armados de revolveres e facas, que invadiram a casa na Rua Frutos de Maio, Vila Bela, região de São Mateus, zona Leste. Assim que entraram, os criminosos exigiram dinheiro. Além de moradia, o imóvel também é utilizado como ambiente de trabalho pelos bolivianos, que costuram roupas no local. Em um primeiro momento, os familiares deram R$ 3,5 mil, com exigências e ameaças, mais R$ 1 mil foi entregue aos bandidos. Assustado, Brayan, que nasceu na cidade de La Paz, capital da Bolívia, chorava no colo da mãe, e implorava pela vida, o menino chegou a dizer, “Não me mate, não mate minha mãe”, na sequência, um dos criminosos disparou um tiro na cabeça do garoto, socorrido por um vizinho, morreu ainda na madrugada, no Hospital Geral de São Mateus. A família que estava apenas seis meses no Brasil, pensa em ir embora do país. Os criminosos fugiram com o dinheiro e a polícia não tem pistas do paradeiro. Uma suspeita, é que os bandidos sejam conhecidos na região , já que cinco deles estavam encapuzados. O caso foi registrado no 49ºDP (São Mateus).