8 costumes do Rio Grande do Sul que só os gaúchos entendem
Algumas peculiaridades da cultura gaúcha se tornam mais evidentes apenas quanto se visita o Rio Grande do Sul ou quando alguma tradição percorre o país pelos veículos de imprensa.
Não é apenas em setembro, mês de comemoração da Revolução Farroupilha que a população aflora suas raízes, por isso, aqui vão alguns lembretes daquilo que é orgulhosamente gaúcho.
Costumes inesquecíveis
- Churrasco
A suculência, a fartura, a diversidade de cortes, os preparos curtos ou longos… Toda a dinâmica da reunião em volta do sabor das carnes do estado fazem os restaurantes esvaziarem aos domingos em troca dos tradicionais momentos em família.
Adendo: a população local não reconhece o frango, o presunto, o salame como carnes. Para ser reconhecida como tal, a carne precisa vir mal passada e sangrando.
- Plural
Não se trata de ignorância ou mero erro, esse charme gaúcho é herança orgulhosa. Engolir o plural faz os locais pedirem umas carne e umas cerveja sem o menor receio. O lanche deve custar umas 30 “pila” essa moeda local involuntária.
- Gírias
É comum ao restante do país fazer brincadeiras misturando o “bah” e o “tchê”. O primeiro externa qualquer sentimento envolvido na situação, do espanto à decepção. O segundo é uma interjeição exclamativa de intensidade, um espécie de chamado à atenção. O antigo “trilegal” foi reduzido à “tri” pela geração Y. E ainda tem o versátil “capaz”, variando com o contexto.
- Chimarrão
Ele é amargo mesmo. E deve ser tomado todo — ou compartilhado. Se deve ser adoçado? Bem capaz! A tradição herdada dos guaranis e caingangues se tornou a tradição mais rígida do RS. O “tchê” pode se voltar contra você caso faça alguma cerimônia ao dividir o chima.
- Lagartear no inverno comendo bergamota sem atucanação
Calma, ainda estamos falando a mesma língua. Mas, adaptando para melhor compreensão, seria o mesmo que estirar-se ao sol comendo tangerina sem incômodo.
O “cacetinho” e o “rabo quente” soam pornográficos, mas são apenas pão frânces e aquecedor de água. E uma batida de carros vira um “pechada”.
- Ainda o léxico gaúchês
“Moral de cueca” é algo bem conhecido no Brasil nas mais acaloradas discussões, mas não por essa gíria. Literalmente, significa dar lição de moral quando não se tem nenhuma.
Atenção: “cueca virada” é o famoso doce local feito a partir de farinha, ovos e açúcar. Zero semelhança entre ambos.
- Xis o quê que é?
Ele definitivamente não é um sanduíche, mas também não é um hambúrguer. O coração de galinha é a carne mais comum, mas o recheio pode ser de filé à parmegiana ou ainda de estrogonofe. Se nenhum desses lhe satisfizer, o entrevero é uma ótima pedida, vai tudo junto e misturado.
- Regra absoluta
Pode criticar a vontade o bairrismo gaúcho… desde que você seja gaúcho. Quem não conhece o Guri de Uruguaiana? O caricato e exagerado personagem gaudério do ator Jair Kobe faz troça com os costumes locais e foi precursor do stand up local. Não se esqueça: só um gaúcho pode reclamar de um gaúcho.