80 milhões de erros são encontrados no CNIS, incluindo no RS, saiba o impacto desta decisão

Em análise feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU), foram identificados 80 milhões de erros no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).

O estudo acontece desde junho de 2021. O principal objetivo é avaliar a qualidade de dados do CNIS, e o impacto na concessão dos benefícios previdenciários, trabalhistas e assistenciais.

Uma amostra com 300 mil cadastros foi utilizada na análise, que também envolveu o INSS e a Dataprev. A principal inconsistência dos cadastros está nos dados incompletos, inválidos e inconsistentes. 

Como o CNIS é utilizado como referência principal para o cálculo da aposentadoria, erros e inconsistências no documento podem resultar em um benefício final de menor valor ou até mesmo negado.

440 milhões de cadastros no Cnis

Em nota, o INSS divulgou que constam 440 milhões de cadastros na base do Cnis. Além disso, sobre os erros, disse que “já existe um trabalho contínuo do INSS para qualificação da base de dados cadastrais do Cnis juntamente com a Dataprev”.

Hoje, através da plataforma Meu INSS, que pode ser acessada pelo site ou aplicativo, o segurado pode verificar seu extrato do CNIS completo e conferir se alguma informação está inconsistente ou em falta.

Em caso positivo, a correção dos dados pode ser solicitada a qualquer momento, pelo telefone 135 ou através do site ou app Meu INSS.

Os documentos comprobatórios de contribuições ou vínculos que não constem no Cnis devem ser anexados no Meu INSS, mesmo se a solicitação foi aberta pelo telefone.

CNIS

O Cadastro Nacional de Informações Sociais, apesar dos erros e inconsistências, representa um grande avanço quando comparado aos documentos físicos utilizados para a concessão de benefícios previdenciários.

A advogada Adriana Bramante, presidente do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), diz:

“O CNIS unificou dados da Caixa, Previdência, Ministério do Trabalho e outros. O único problema é ser considerado pelo INSS como prova robusta no pedido do benefício. Há casos em que o INSS considera mais o CNIS do que a carteira de trabalho do segurado”.