Feira de Santana enfrenta professores em greve, mesmo com determinação da Justiça para retorno as atividades
Após duas semanas que a Justiça determinou o fim da greve dos professores de Feira de Santana, na Bahia, a categoria ocupou a sede da Secretaria de Educação nesta última segunda (25) e inicia novo movimento.
Os professores do município reivindicam o pagamento das 20h complementares do mês de março, bem como os 20% de gratificação de direito, correspondente a nove dias trabalhados em fevereiro e ao mês de março.
De acordo com a Associação dos Professores Licenciados do Brasil (APLB), a categoria também denuncia as más condições nas instalações das escolas, e a falta de funcionários, professores e até de merenda escolar em algumas unidades.
Posicionamento da Prefeitura
Segundo a Prefeitura de Feira de Santana, até a próxima sexta-feira (29), parte dos vencimentos serão quitados. O pagamento ainda não teria acontecido por questões administrativas.
Mais de 50 mil alunos da rede municipal têm sido prejudicados, alerta o órgão, que classificou a greve como “irresponsável” por meio de nota. Ainda de acordo com a prefeitura, um diálogo tem sido mantido com a APLB e foi feita uma convocação de 317 professores na semana passada.
A Greve
Antes da determinação da Justiça, a categoria havia iniciado a greve no dia 31 de março. A fim de negociar as principais pautas reivindicadas, como o reajuste salarial, os professores iniciaram um movimento em frente à Câmara dos Vereadores até a sede da Prefeitura.
A intenção era negociar diretamente com o prefeito da cidade, Colbert Martins, mas os servidores relatam que não foram atendidos pelo gestor. Além disso, houveram denúncias de violência por parte de guardas municipais que mediaram a manifestação.
Cenas de violência foram registradas entre professores e guardas municipais, e uma professora acabou precisando ser atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), devido a emissão do gás de pimenta.