Greve: INSS, Banco Central e Ministério do Trabalho com servidores de braços cruzados em maio de 2022

Os servidores do Banco Central retomam a greve ontem (3) por tempo indeterminado e a categoria se une aos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP) que também estão paralisados em busca de reajuste salarial e melhores condições de trabalho.

De acordo com os funcionários públicos, o reajuste em 5% no salário proposto pelo presidente da república  não é aceitável, pois não cobre as perdas salariais dos últimos anos devido a alta da inflação. 

Paralisação gera dificuldades nos serviços públicos

Com a paralisação dos servidores públicos, muitos cidadãos estão com dificuldades em acessar alguns serviços do governo. O INSS já acumula uma fila de cerca de 1 milhão de segurados aguardando perícia médica.

Já a paralisação do Banco Central, o presidente do Sindicato dos Servidores do BC (Sinal), Fabio Faiado, disse que o PIX não vai sofrer alterações devido a greve, diferentemente de outros serviços da instituição financeira. 

Entenda as reivindicações dos servidores públicos

Entre as reivindicações dos servidores do INSS estão o reajuste salarial em 20%, para recompor a inflação de 2019 a 2022 e o encerramento da tele perícia, perícia realizada de forma virtual.

Além disso, os servidores querem uma melhoria nas condições de trabalho nas agências, como a climatização e a higienização das agências, a contratação de três mil servidores através de novos concursos, e ter como meta diária 12 atendimentos presenciais.

Já os servidores do BC pedem um reajuste de 26,3% no salário e uma reestruturação na carreira de analista. 

Além dos servidores do MTP, do INSS e do Banco Central, outras categorias devem aderir ao movimento de paralisação. Auditores da Receita Federal, auditores fiscais federais agropecuários, Delegados de Polícia Federal (ADPF), Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) são algumas das categorias que devem aderir ao movimento nas próximas semanas.