Inflação pode perder força em maio de 2022, mesmo sendo a maior dede de 2016? Entenda
Após registrar a maior alta da inflação desde o mesmo mês de 1995, a inflação de maio deve desacelerar e, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, divulgados ontem (23),o índice deve avançar 0,59%.
Com a variação do mês de maio, a maior para o mês desde 2016, o IPCA-15 já acumula alta de 4,93% em 2022 e, 12,2% em doze meses.
Itens que mais se destacaram no índice inflacionário
Segundo divulgação do IBGE, a maior alta veio de saúde e cuidados pessoais (+2,19%), que contribuiu para aumentar a previsão da inflação do mês em 0,27 ponto porcentual.
Entre os itens que se destacaram no período estão os transportes, que registraram alta de 1,8%. A alta deve-se ao aumento das passagens aéreas em 18,4%.
Além dos transportes, os combustíveis também registraram alta de 2,05%, inferior aos 7,5% do mês de abril. A alta é devido ao aumento nos preços da gasolina (1,2%) e do etanol (7,8%) Esse aumento também impactou diretamente no setor de transportes.
O aumento no valor dos combustíveis também impacta diretamente na mesa do brasileiro. Por isso, outro grupo de despesas com alta importante foi alimentação e bebidas (1,5%), com elevação de preços em produtos como batata-inglesa (16,8%), leite longa vida (8%) e cebola (14,8%)e pão francês (3,8%). Já o tomate (-11%) e a cenoura (-16,2%) registraram queda.
O grupo habitação registrou queda de -3,85%, devido a diminuição em 14% da tarifa de energia elétrica.
Resultado fica acima das expectativas do mercado
O resultado dos índices inflacionários para o mês de maio ficou acima do esperado pelo mercado. O Refinitiv projetava uma alta mensal de 0,45% e anual de 12,03%, o que tem feito economistas e o governo revisarem para cima as projeções para a inflação em 2022.