Parques de Porto Alegre podem ser cercados? Saiba detalhes

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, deve levar a pauta sobre o cercamento dos parques da cidade à Câmara Municipal nas próximas semanas.

A principal motivação de Melo, que vêm levantando o assunto já há algumas semanas, são as recentes ondas de furtos da iluminação pública dos parques da região, deixando os locais às escuras.

O prefeito disse à coluna de Paulo Germano, da Gaúcha: “Direi no plenário que a prefeitura está disposta a abrir essa conversa começando pelo Legislativo: E aí vamos ver se a Câmara quer participar de audiências públicas ou levar o assunto para as comissões”.

Ele ainda reforça que a ideia é começar o debate pelo Parque Moinhos de Vento, o Parcão, que sofreu um furto de diversas lâmpadas.

Cercamento de parques

Em outros pronunciamentos sobre o cercamento de áreas verdes, o prefeito da grande Porto Alegre disse que a medida não pode ser tomada de forma fundamentalista, e caso a caso precisa ser analisado.

Para ele, a intenção da discussão também é fazer com que a sociedade contribua com sugestões para enfrentar o problema da segurança nesses espaços públicos.

Divergências na prefeitura

Dentro da prefeitura, parecem haver algumas divergências. Os setores ligados à segurança e à manutenção do patrimônio defendem o cercamento dos parques, enquanto técnicos urbanistas e ambientalistas não simpatizam muito com a ideia.

Para o secretário Germano Bremm, secretário da Smamus, que comanda o planejamento urbano da cidade, cada área verde tem suas particularidades. 

Na Redenção, por exemplo, seria difícil utilizar o cercamento pois o acesso ao parque ocorre por diversos pontos. As cercas limitariam a circulação dos cidadãos.

Já no caso do Parcão, ele enxerga uma área mais fácil de adotar a estratégia, por não ter a característica de ser muito atravessado pelas pessoas no dia a dia. “A hipótese de cercá-lo seria menos agressiva”, disse.