Número recorde de famílias cadastradas no Auxílio Brasil, incluindo o Rio Grande do Sul
O programa Auxílio Brasil atendeu o número recorde de 18 milhões de famílias; porém a fila de espera de famílias que poderiam ser beneficiadas não para de crescer desde março. A demanda pelo auxílio tem sido maior do que o orçamento pode atender.
Segundo dados apurados por reportagem do Yahoo!, cerca de metade dos municípios do país apresenta registro de famílias que, apesar de estarem em situação de pobreza ou de extrema pobreza, não estão dentro da lista de transferência de renda por falta de dinheiro no programa.
O Ministério da Cidadania confirma que em mais de 2 mil municípios há fila de espera de famílias que atendem aos requisitos do programa, mas não há verba suficiente para pagar o benefício. O Yahoo! buscou o ministério, mas não obteve retorno.
Apesar da troca de nome, Auxilio Brasil não gera intenções de voto em Bolsonaro
Uma pesquisa divulgada pelo Datafolha na última quinta-feira ressaltou que trocar o nome do Bolsa Família pelo Auxílio Brasil não aumentou as intenções de voto numa possível reeleição do atual presidente. Segundo a pesquisa, apenas 20% dos entrevistados disseram ter a intenção de votar no presidente, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu 59% das intenções.
Fila para receber Auxílio Brasil ficou zerada apenas em janeiro deste ano
Segundo dados do programa, a fila para receber o Auxílio Brasil ficou zerada apenas no mês de janeiro deste ano. Já em março, 100 mil famílias tiveram o cadastro aprovado, mas não conseguiram receber o benefício. Em abril o número foi para 400 mil famílias e em maio chegou para 764 mil.
Segundo o professor do departamento de Economia da UnB (Universidade de Brasília), Carlos Alberto Ramos, ao Yahoo! o ideal seria que a fila fosse zerada “O interessante seria que todo público abaixo da linha da pobreza fosse contemplado. Fora detalhes técnicos, os dois programas [Bolsa Família e Auxílio Brasil] são programas de transferência de renda focalizados nos mais carentes. O melhor seria ver esses programas como uma política de Estado, mas há muito apelo eleitoral”, afirma Ramos.