Polícia Militar do RS terá novidade que reduzirá drasticamente a taxa de criminalidade; Confira

A Brigada Militar (BM) terá, até o final deste ano, câmeras inseridas nos uniformes dos agentes de Porto Alegre. Durante este ano já foram realizados testes com os equipamentos e a corporação finaliza a compra de 300 dispositivos. 

Segundo o diretor do Departamento de Informática da BM, coronel Alex Severo, a ampliação do novo sistema de monitoramento dependerá dos recursos providos pelo estado. De acordo com ele, não basta apenas ter o equipamento, mas também sistemas de operação e armazenamento das imagens. 

A primeira fase do projeto será implementada em Porto Alegre, possivelmente vindo a se expandir para a Região Metropolitana e Vale do Rio dos Sinos, de acordo com a demanda. 

As câmeras entrarão em funcionamento assim que o policial iniciar seu trabalho e retirar o equipamento da base. O dispositivo registrará toda a ação do oficial, sem que haja a possibilidade de ser desligada por este. Caso o agente seja chamado para uma ocorrência ou flagre um crime basta que aperte um botão para que a central da Brigada acompanhe a ocorrência com áudio e vídeo. Os policiais da base também podem passar orientações para os agentes durante a ocorrência. 

Para o presidente do Tribunal de Justiça Militar, o desembargador Amílcar Macedo,a implementação será positiva tanto para policiais como para civis. A câmera protegerá o policial correto e também tornará possível a avaliação da conduta do agente, caso este empregue excessos durante as abordagens. 

O projeto de lei que previa a instalação das câmeras em uniformes, criado em 2021, foi negado pela Assembleia Legislativa por 29 votos contrários e 16 a favor em dezembro.

A decisão de instalar câmeras em agentes da polícia militar foi tomada após casos envolvendo violência policial terem tido grande repercussão, como o do engenheiro Gustavo do Amaral dos Santos, de 28 anos que foi morto por disparos efetuados por policiais de Marau, no Norte do Rio Grande do Sul que o confundiram com um assaltante. A fatalidade ocorreu em abril de 2020 e a investigação da Polícia Civil concluiu que o policial militar agiu em legítima defesa imaginária.