Porto Alegre registra a maior deflação da história, diz IBGE

A Região Metropolitana de Porto Alegre registrou uma importante queda na inflação. O fato foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 

A deflação apontada pelo IPCA foi de 0,59% no mês de julho, uma queda inferior à registrada no território nacional, que foi de 0,68%. Segundo o IBGE, esta foi a primeira deflação registrada no Brasil desde maio de 2020, sendo o menor resultado de uma série histórica.

A inflação acumulada ao longo dos últimos 12 meses foi de 8,69% em Porto Alegre, sendo que a taxa apontada no Brasil parte para os dois dígitos, com 10,07%. 

Os gastos registrados nos setores do transporte, com a queda da gasolina, e da habitação, com a queda na conta de luz, foram responsáveis pela baixa no indicador geral. Porém os portoalegrenses acabaram pagando mais caro na alimentação, artigos para a residência, vestuário, cuidados pessoais e saúde, despesas pessoais, educação e comunicação. 

A redução no valor da gasolina, imposto às refinarias a partir da nova legislação, foi a principal responsável pela queda nos custos com transportes, segundo os dados divulgados pelo IBGE. A redução no âmbito da habitação se deve à redução empregada na conta de energia elétrica residencial. 

No setor da alimentação o preço da banana e mamão foram sinônimo de alta nos gastos do consumidor. O produto mais caro no mês de julho foi o leite. Por outro lado, alguns itens alimentícios como batata, tomate e cenoura tiveram baixa no último mês. 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística calcula o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo desde 1980 e tem como base famílias das 10 regiões metropolitanas do Brasil, além de seis capitais, com renda de um a 40 salários mínimos independente da fonte.