Fim da Shopee? Empresa presta depoimento sobre venda de produtos falsificados na CPI da Pirataria
A Shopee participou, nessa quarta-feira (30), da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pirataria. Na ocasião, Luciana Hachmann, gerente de relações governamentais da Shopee Brasil, citou ações contra a pirataria e a comercialização de produtos falsificados na plataforma.
A comissão investiga a evasão fiscal e falsificação em São Paulo. Além de Hachmann, André Tondato, advogado da Shopee, esteve presente na CPI.
Luciana descreveu o funcionamento da plataforma e detalhou que, no momento, 85% dos produtos vendidos na Shopee são comercializados por vendedores brasileiros, tanto pessoas físicas quanto jurídicas.
Em relação ao combate à pirataria, Hachmann reforçou o posicionamento da empresa quanto à comercialização de produtos falsificados. “Nós esperamos, nós exigimos que os vendedores cumpram não somente com a legislação, claro, mas também com as nossas políticas, que são de termos e condições de uso. E também temos uma lista de produtos proibidos que estamos sempre atentos na possibilidade de atualizar, porque às vezes tem um novo produto ou uma nova norma”, pontuou.
Ainda segundo a gerente, a Shopee também fornece ferramentas para que os usuários denunciem produtos irregulares. Além da parceria com órgãos de fiscalização como o Procon e o ReclameAqui.
Outra iniciativa da empresa foi a parceria com grandes marcas que comercializam seus produtos na aba Shopee Oficial. “Nós temos mais de 400 marcas já parceiras e quando elas fazem parte desse escopo, nós sempre alocamos um gerente de conta que está em contato constante com essas marcas para entender suas necessidades, para entender como melhoramos essa experiência de venda”, destacou.
O vereador Camilo Cristófaro (AVANTE), presidente da CPI da Pirataria, comentou com otimismo o depoimento da gerente. “Nós estamos falando, entre Mercado Livre e Shopee, de mais de um bilhão de anunciantes, é uma coisa gigantesca. Mas a gerente de relações governamentais Luciana foi clara, transparente e vai também perseguir esses anunciantes piratas, esses anunciantes que trazem produtos falsificados. E nós estamos no caminho certo”.
O que fazer se você recebeu um produto pirata por engano
Se você comprou algum produto e não sabia que não se tratava de um item original, o Código de Defesa do Consumidor assegura o direito de arrependimento em compras feitas à distância. Ou seja, o cliente pode cancelar uma compra online em até sete dias após o recebimento do produto.
Caso você tenha se deparado com um produto falsificado é preciso entrar o mais rápido possível com a plataforma de vendas.