10 motivos para se apaixonar por Porto Alegre

Apesar do aniversário no domingo (26) ser apenas da capital Porto Alegre, as comemorações de seus 251 anos acontecem em todo o Estado. O Centro Histórico, onde tudo começou, é o ponto de partida de toda a rota de atrativos culturais e artísticos ofertados ao público.

A inicialmente chamada Rua da Praia, atual Rua dos Andradas, ligou os primeiros casais açorianos fixados aqui, pelo sopé do morro direcionados ao leste. O cume do morro logo se tornou propício para o estabelecimento de igrejas católicas e outros prédios públicos.

Ao longo do Lago Guaíba, toda a região circunscrita a ele presenciou inúmeros acontecimentos históricos e atraiu curiosos de dentro e fora do país na longínqua província que se estabelecida.

A Usina do Gasômetro e a sua chaminé

Qualquer novato em Porto Alegre se questionará a respeito da chaminé de 117 metros da Usina do Gasômetro, na orla do Guaíba. Ela foi erguida em 1937 para amenizar emissões de fuligem da usina que produzia carvão mineral.

Hoje, tomba patrimônio público, a chaminé fica próxima ao revitalizado Cais Mauá, local onde multidões se encontram para usufruir de um excelente convívio com a natureza.

A Praça Brigadeiro Sampaio

Ao leste da Usina, a praça do cearense brigadeiro Antônio de Sampaio (1810-1866), que foi herói da Guerra da Tríplice Aliança, fica localizada nesse espaço urbano arborizado junto à Rua da Praia. Antes do aterramento lateral as águas do Guaíba, o local era denominado Praça da Harmonia.

A mais antiga praça da cidade abriga eventos culturais para múltiplos públicos. Com instalações das Forças Armadas nas proximidades, o local é utilizado também pela Marinha brasileira.

A Igreja de Nossa Senhora das Dores

Transformada na primeira basílica da capital pelo Papa Francisco, a igreja foi fundada em 1807. A família real portuguesa ainda não tinha desembarcado aqui, nem os portos brasileiros estavam receptivos às nações amigas, mas a igreja já estava sendo erguida. A única interrupção de sua construção aconteceu durante a Revolução Farroupilha.

Foram 97 anos até sua finalização, que só chegou a ser tombada em 1938. Suas escadaria são palco para a tradicional festa junina que reune centenas no local.

A Praça da Alfândega

Ambiente democrático bem no centro da cidade, a praça abriga a Feira do Livro, um dos poucos tipos abertos na América Latina. Os jacarandás embalam as bancas e enchem o local de charme.

Seu primeiro prédio foi erguido em 1820. Nesse tempo as águas do Guaíba chegavam até a Rua da Praia, que contava inclusivee com um ancaradouro. Mesmo com o fechamento da alfândega no local, o espaço seguiu movimentado.

A Casa de Cultura Mario Quintana

Prédio erguido entre 1916 e 1933, o projeto assinado por Théo Wiederspahn, no centro de Porto Alegre era tão frequentado pelo célebre poeta, que acabou sendo nomeado em sua homenagem.

Seu quarto segue intacto, assim como o da cantora Elis Regina. Há exposições, cafés, auditórios, livrarias e outros espaços atrativos por todo o centro.

A Praça da Matriz

Erguida entre 1921 e 1972, entremeia-se ao Palácio Piratini e à Assembleia Legislativa. Muito bem ladeado, ainda estão nas redondezas o Theatro São Pedro, a Biblioteca Pública, o Tribunal de Justiça, o Palácio da Justiça e o Memorial do Ministério Público.

A Rua da Praia e o Calçadão

Oficialmente Rua dos Andradas, em homenagem ao patriarca da independência José Bonifácio de Andrada e Silva, possui pouco mais de dois quilômetros. Antes com ligação da prainha ao centro, era banhada pelo estuário à esquerda.

Depois do cruzamento com a General Câmara, o calçadão pulsante passa a ser vista definitiva do local. O prédio mais alto da cidade segue nas imediações, onde antes tinha sido um banco local.

Theatro São Pedro, Biblioteca Pública, museus…

Colírio gaúcho de traços neoclássicos e com 190 anos, o edifício sediou prestigiados eventos culturais por décadas. Fundada em 1871 e aberta seis anos depois, a biblioteca com mais de 200 mil volumes sedia até hoje eventos artísticos.

A Esquina Democrática e a Globo

A única esquina reconhecida legalmente como patrimônio da cidade. Democrática desde 1997, une a rua dos Andradas com a avenida Borges de Medeiros.

A mítica Livraria do Globo, onde trabalhou Erico Veríssimo, hoje é um loja da rede de fast fashion Renner. Há ainda um café no terceiro andar.

O Mercado Público

Alimentos e bebidas circulam aqui desde 1869 com variedade gastronômica pouco vista em similares. Comércio de antiguidades, peixes frescos, vinhos, cachaças e todo tipo de carnes estão disponíveis para os visitantes.