Saiba quais são os monumentos históricos mais antigos de Porto Alegre

De acordo com autoridades da Prefeitura de Porto Alegre, o patrimônio cultural da cidade conta com cerca de 300 monumentos e memoriais, presentes principalmente em parques e praças. Infelizmente, muitas dessas obras têm sido alvo de vandalismo, como é o caso da fonte do Menino da Cornucópia, que, mesmo após ter passado por uma reforma recente, já apresenta sinais de danos. Além disso, o tempo também contribui para a deterioração dessas peças históricas. 

Neste contexto, vale destacar os cinco monumentos mais antigos da capital gaúcha, a maioria deles localizados no tradicional Parque da Redenção, cada um com sua própria história. 

Afluentes do Guaíba

A história da estátua de mármore mais antiga de Porto Alegre, localizada na Estação de Tratamento de Água Moinhos de Vento, remonta a 1866. As quatro figuras que compõem a obra são resquícios de uma instalação hidráulica escultórica da Companhia Hidráulica Moinhos de Vento, originalmente localizada na Praça da Matriz e depois na Praça Dom Pedro II.

Com o tempo, as peças foram desmontadas, armazenadas e posteriormente instaladas na Avenida Independência, na Praça Dom Sebastião. Desde 2014, após passarem por restauro, as quatro estátuas estão dispostas nos jardins da Hidráulica Moinhos de Vento, ao redor de um novo espelho d’água com fonte central.

Imagem: Maia Rubim/Sul21

 Chafariz Imperial

Conhecido por diversos nomes, como Chafariz do Imperador, Conde d’Eu ou Chafariz dos Três Menininhos, o monumento mais antigo de Porto Alegre é a Fonte Imperial, também localizada no Parque Farroupilha, ou Redenção. A obra é composta por oito chafarizes encomendados pelo governo provincial entre 1861 e 1866, inicialmente para abastecer de água a capital e, posteriormente, transferidos para a Companhia Hidráulica Porto-Alegrense. A fonte, de ferro fundido importado da França, é a única remanescente daquela época.

Originalmente instalada na Praça do Mercado, atual Praça XV de Novembro, foi transferida posteriormente para a praça que hoje abriga a Rodoviária Rui Barbosa. Após a enchente de 1941, o monumento foi transferido para a Redenção. Algumas partes da obra sofreram danos, o que levou à necessidade de restauração na próxima fase das obras programadas pela Prefeitura.

Imagem: Maia Rubim/Sul21

Bebedouro em Ferro Fundido

Apesar de não ser classificado como monumento pela coordenação de memória cultural do município, o Bebedouro é considerado um dos mais antigos. A peça em ferro fundido foi originalmente instalada na Praça Garibaldi em 1873 e consiste em um pedestal esculpido e uma grande tigela que servia como bebedouro para cavalos de carruagem no século XIX. Depois de ter sido transferido da Praça Garibaldi, o Bebedouro agora está localizado no Parque da Redenção, onde permanece até hoje. O monumento também deve passar por restauração na próxima etapa.

Imagem: Maia Rubim/Sul21

Conde de Porto Alegre

A escultura em homenagem ao Tenente-General Manoel Marques de Souza, Conde de Porto Alegre, soldado Tuyuti, foi inaugurada em 1º de fevereiro de 1885 na Praça da Matriz, e representa um soldado de farda e espada. Após a morte do soldado em 1875, a Câmara Municipal decidiu homenageá-lo com essa estátua, que foi inaugurada na presença da Princesa Isabel. 

No entanto, em 1942, durante a transição do governo monárquico para a república, a estátua foi transferida para a Praça do Portão, também conhecida como Praça Conde de Porto Alegre, em homenagem aos tenentes generais. Essa mudança de local ocorreu devido à intolerância à presença de um herói monárquico na praça principal da cidade.

Imagem: Divulgação

Menino da Cornucópia

O monumento conhecido como Chafariz Menino da Cornucópia ou Fonte do Menino da Concha é composto por diversas tigelas e uma alegoria no topo da peça, representando um menino com rabo de peixe soprando uma concha de onde jorra água. A figura em forma de concha simboliza Tritão, o deus do mar na mitologia grega.

Originalmente, em 1900, o monumento foi instalado na Praça XV de Novembro, mas posteriormente foi transferido para o Parque da Redenção nas primeiras décadas do século XX. Recentemente, o monumento foi restaurado em conjunto com a coordenação de memória cultural do município, no entanto, já sofreu vandalismo e algumas peças estão quebradas, necessitando de restauração novamente.

Imagem: Reprodução / MPRS

Imagem: Maia Rubim/Sul21