RS é o estado que mais identifica desaparecidos no Brasil

Segundo relatório do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Rio Grande do Sul é o estado líder no número de identificação de desaparecidos em todo o país. Com os resultados do ano passado, o estado se mantém na posição há oito anos, com 78 casos bem sucedidos até 2022.

O trabalho é realizado pelo Instituto-Geral de Perícias, através do cruzamento do material genético de vítimas não identificadas em comparação com amostras de parentes em busca de desaparecidos. Em 2023, já foram 4 identificações bem sucedidas. Confira mais informações abaixo.

Identificação de desaparecidos no Rio Grande do Sul

Desde 2011, 82 pessoas já foram identificadas pelo Instituto-Geral de Perícias. Os dois últimos casos bem sucedidos ocorreram em março deste ano. Em um deles, uma ossada de uma criança encontrada em 2022 teve o seu material genético cruzado com o banco de dados, identificando-a como um menino desaparecido em 2019 no litoral norte.

O serviço pode ser acessado por qualquer familiar de primeiro grau — mãe, pai, filhos e irmãos — de pessoas desaparecidas. É preciso informar o vínculo com o indivíduo e apresentar o boletim de ocorrência. Se possível, também podem ser levados objetos de uso pessoal da pessoa desaparecida, como escova de dentes, aparelho de barbear e roupa íntima.

Conforme amostras e restos mortais são incluídos no banco de dados, o cruzamento é realizado não apenas entre o conteúdo cadastrado no RS, mas também com a rede de informações de outros estados em todo o país.

Atualmente, o banco de dados do IGP possui 568 corpos e ossadas sem identificação, e 607 famílias com material biológico cadastrado que ainda buscam por parentes desaparecidos na região do Rio Grande do Sul. Há também cadastros de amostras de pessoas condenadas e DNAs encontrados em cenas de crime, com o propósito de identificar autoria de crimes.