Cidade do RS é considerada uma das mais caras do Brasil

Na manhã da última terça-feira (11), foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dados que comprovam que a inflação da região metropolitana de Porto Alegre, capital gaúcha, voltou a crescer. Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,75%, já em março 1,25%.

Das 16 regiões analisadas no IPCA, Porto Alegre é a que teve o maior aumento na inflação. Isso pode ser explicado pelas altas da gasolina (10,63%), no grupo de transportes, e da energia elétrica residencial (9,79%), em habitação, no resultado da Região Metropolitana.

Dos nove grupos que compõem o IPCA (Alimentação e bebidas, habitação, artigos de residência, vestuário, transportes, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação e comunicação), oito apresentaram alta durante o mês de março. Habitação (2,90%) e transportes (2,69) foram os que mais tiveram aumento em suas porcentagens, diferente de artigos de residência (-0,74%), que teve queda no período analisado.

Entenda a situação do Brasil

Não é só Porto Alegre que está sofrendo com a inflação, mas sim o país todo. Segundo o IPCA a inflação oficial do país subiu 0,71% em março.

Grande parte do aumento da inflação, se deve ao preço da gasolina, que subiu 8,33% em março e teve impacto individual de 0,39 ponto percentual no índice. Apesar disso, o IPCA veio abaixo das expectativas de mercado, que eram de 0,77%.

Apesar de o aumento de março ter sido menor do que o de fevereiro (1,41%), a variação em 12 meses está acima do IPCA, marcando 7,63%.

Ao g1, Laíz Carvalho, economista para Brasil do BNP Paribas, revelou acreditar que o IPCA deve fechar o ano um pouco acima do patamar atual, na casa dos 6,5%.

“Essa inflação ainda se mostrando persistente não deve dar espaço para o Banco Central baixar os juros nas próximas reuniões. Nossa projeção é que consiga baixar a Selic só no ano que vem”, afirmou ao portal.