Superlotação em setor de emergência de hospital do RS gera preocupação
O Hospital Estrela, da Rede Divina Providência, celebra seu 94º aniversário nesta sexta-feira (14). Apesar da data comemorativa, a administração e a equipe de enfermagem do hospital têm se preocupado com um problema crescente nas últimas semanas: a superlotação no serviço de emergência. Segundo o médico emergencista Gabriel Klecius Reis Araújo, a maior demanda é de pacientes não emergenciais, ou seja, casos que poderiam ser tratados na rede de saúde do município.
“Todo o ano temos o aumento sazonal dos atendimentos, após o carnaval. Entretanto, neste ano, o crescimento tem sido exponencial. A gente não está tendo o crescimento sazonal por doenças endêmicas nesta época do ano. Temos alguns casos de dengue e covid, mas que não estão repercutindo na emergência. A maioria dos casos são consultas não urgentes que vem para o ambiente hospitalar e aumento da complexidade de atendimentos. Nos últimos 15 dias tivemos, em média, 2 pacientes vermelhos (urgentes) na emergência por dia. A UTI também está cheia, então estes pacientes têm ficado um tempo maior de permanência na emergência”, disse.
A importância de direcionar pacientes para serviços de saúde adequados em Estrela: saiba onde procurar atendimento urgente ou preventivo
Gabriel ressalta a importância de encaminhar pacientes para os serviços de saúde adequados no município de Estrela, que possui um fluxo de serviços bem definido. Em casos de doenças imediatamente fatais, como ataque cardíaco, AVC ou vítimas de acidentes, é essencial procurar a sala de emergência do hospital.
Já pacientes com doenças crônicas ou leves devem buscar atendimento em unidades básicas de saúde urbanas ou pronto-socorro e agendar consultas para prevenção da saúde. Além disso, campanhas de informação estão sendo realizadas para conscientizar os pacientes sobre como procurar cuidados urgentes adequadamente.
O Hospital Estrela: uma história de expansão e melhorias para atendimento especializado
O Hospital Estrela (HE) foi fundado em 1929 e é a casa de saúde mais antiga do Vale do Taquari. Com o aumento da população, o hospital passou por diversas ampliações e melhorias tecnológicas para oferecer atendimentos especializados.
Em 1984, devido às dificuldades administrativas, uma assessoria especializada em gestão hospitalar assumiu o hospital em comodato por dez anos. Em 1997, as irmãs reassumiram a gestão do hospital, que tinha 46 leitos e estava descredenciado do SUS.
Pouco a pouco, foram retomados os investimentos e o atendimento ao SUS. Em 1999, a mantenedora criou a AFRAS (Associação Franciscana de Assistência à Saúde) para facilitar a gestão e prestação de contas junto ao governo. Desde janeiro de 2023, a Rede de Saúde Divina Providência (RSDP) é a administradora do hospital, que dispõe de uma equipe multidisciplinar e recursos de diagnóstico, tratamento e reabilitação.
Fonte: Jornal Independente
Imagem: Divulgação / Hospital Estrela