Dia Mundial do Café: saiba quais são os mais caros do mundo
Segunda bebida mais consumida mundialmente e presença cativa nos lares brasileiros, o café tem para si três datas diferentes para homenageá-lo. Hoje, dia 14 de abril, comemora-se uma dela, o Dia Mundial do Café.
Não há uma certeza quanto à origem da data, mas a especulação existente dá contade que abril foi o mês escolhido por ser o mês em que a colheita se inicia em várias regiões produtoras ao redor do globo.
Há um fato incontestável: o café está presente cotidianamente na vida do brasileiro. Cerca de 166 milhões de sacas de grão foram consumidas no mundo em 2021. Cada saca comercializada possui 60 quilogramas. Segundo a Statista, foram quase 10 bilhões de toneladas consumidas.
Pesquisas promovidas pela ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café) mostram que a bebida é consumida em 97% dos lares do país.
Com sabores mais elaborados e qualidade premium, as linhas de cafés especiais tem crescido nos últimos anos. A estimativa da consultoria The Brainy Insights, anualmente esse nicho tem crescido em torno de 12%, podendo atingir U$ 152 bilhões até 2030.
No Brasil, o consumo anual de cafés especiais cresceu 15% em 2022, de acordo com os dados da Federação dos Cafeicultores do Cerrado.
Em comparação com o vinho, o café se assemelha na unicidade e na identidade. O terroir, a torra e método utilizado na extração adicionam difereciais a cada safra cultivada.
“O café especial é uma experiência que convida a aguçar os sentidos e curiosidade dos consumidores, por isso os meios de extração também são um capítulo à parte. Afinal, de cada um você tem um produto diferente”, explica Caio Tucunduva, barista e coffee hunter da No More Bad Coffee à Forbes.
Qualidade e apuro
Pelo valor agregado acumulado ao produto final, o café especial pode apresentar valores estratosféricos para compra em comparação ao preço comum praticados nas gôndolas de supermercado.
Espécies raras do grão ou um método totalmente alheio ao convencional elevam o preço ao consumidor, seja para revenda ou para o consumidor direto.
Do Japão à Guatemala, à revista Forbes analisou as seis marcas mais caras de café. Nem todas as marcas vendem o quilo em cada pacote, a reportagem utilizou um cálculo proporcionou para o ranking. Confira na lista abaixo, os cafés mais caros do mundo.
Ospina Coffe Dinasty (US$ 3.160/kg = R$ 15.600)
Criada no século XIX, a Ospina é pioneiro no ramo cafeicultor na Colômbia. Hoje na quinta geração, os grãos são cultivados nas encostas das montanhas da região da Fredonia. As cincas vulcânicas do local servem para a fertilização.
Black Ivory Coffee (US$ 2.500/kg = R$ 12.300)
O principal público consumidor desse café são hotéis cinco estrelas espalhados pelo mundo. Elefantes auxiliam na fabricação dos produtos na Tailândia. O café é recolhido de suas fezes e possui um sabor doce mais presente.
Nakayama Estate (US$ 1.850/kg = R$ 9.100)
Cultivado na Ilha Japonesa de Okinawa, a variedade presente no país é do tipo Arábica Typica. Famílias cuidam dos grãos plantados em vales subtropicais e encostas montanhosas. O sabor é equilibrado e um pouco ácido.
Hacienda La Esmeralda (US$ 1.700/kg = R$ 8.400)
La Esmeralda, no Panamá, é uma conhecida fazenda produtora do café Geisha, o mais raro e valioso café do mundo. No país, o café é cultivado ao redor do Monte Baru. No resultado, nota-se jasmim, bergamota e frutas de caroço.
Bourbon Point Grand Cru (US$ 1.250/kg = R$ 6.100)
Ao sul do Oceano Índico, na ilha francesa de Reunion, o café Bourbon Pointu era tradicional na ilha, até chegar um ponto de quase desaparecimento. Produtores independentes se uniram pelo grão, que foi modificado geneticamente e possui hoje uma oferta restrita. Frutas vermelhas, toranja, tangerina e até lichia são encontradas em seu sabor
Gayo Kopi (US$ 1.045/kg = R$ 5.100)
Pequenos mamíferos africanos e asiáticos, os civetas ajudam no cultivo desse café. Na Indonésia, o uso desses animais criou um gênero cafeeiro novo e único. O Kopi Luwak é excretado pelos mamíferos resultando em um café com toque de chocolate e caramelo.