Nome de importante brasileira do Sul é incluído no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria
O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, que fica no Panteão da Pátria e da Liberdade, em Brasília ganhou uma nova personagem. Zilda Arns Neumann teve seu nome incluído na obra após a sanção da lei pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A publicação do reconhecimento aconteceu nesta segunda-feira (24) no Diário Oficial da União.
Zilda nasceu em Forquilinha (SC) em 25 de agosto de 1934, a pediatra atuou no combate à desnutrição infantil e na valorização do voluntariado. Ela foi uma das fundadoras da Pastoral da Criança e teve três indicações ao Prêmio Nobel da Paz.
Treinou e capacitou voluntários para ensinar às mães de crianças em situação de vulnerabilidade a usar o soro caseiro no tratamento da diarreia e desidratação.
A partir da parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), as ações alcançaram 72% do território brasileiro.
Ela também fundou a Pastoral da Pessoa Idosa, que educava pessoas de idade avançadas, seus cuidadores e familiares para a importância de manter o calendário vacinal atualizado e mitigar riscos à integridade física dessas pessoas no lar.
Em 2009, um campanha idealizada pela Pastoral da Criança combateu a síndrome da morte súbita em bebês ensinando pais a colocarem seus bebês para dormirem de barriga para cima, uma posição segura.
Zilda Arns faleceu durante o terremoto que atingiu o Haiti em 2010. A sanitarista foi atingida pelos escombros da igreja onde palestrava em Porto Príncipe no dia 12 de janeiro daquele ano.
Apresentação do projeto
O projeto de lei 1937/19, de autoria da deputada Tereza Nelma (PSDB-AL) foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados em maio de 2021. Se tratava da versão original do PL sancionado pelo presidente Lula.
À época, Nelma ressaltou à Agência Câmara que a pediatra e sanitarista “mudou o retrato da desnutrição infantil no Brasil, praticamente reinventando o trabalho voluntário neste país”.
Na ocasião, o projeto seguiu direto para o Senado Federal e esteve à esperação da sanção presidencial.