Alerta no rio Guaíba: presença de piranhas afetam pescadores

Os pescadores da Ilha da Pintada, em Porto Alegre, têm sentido os efeitos das ações das piranhas que surgiram na região, mais conhecidas como palometas.

As palometas, que não são uma espécie natural da área, têm causado um desequilíbrio ecológico atacando diversos peixes. As predadoras, que geralmente estão na bacia do Rio Uruguai, Região Central do estado, também foram vistas na Orla e no Rio Jacuí. Especialistas acreditam que a espécie tenha migrado para outros rios por meio de lavouras de arroz irrigado.

“É muito possível que bombas de irrigação, que bombeiam água de um rio para uma lavoura tenham transportado junto ovos ou larvas de piranhas e outros peixes também. Na lavoura, pode ter um pendente, podendo assim desaguar para um riacho, afluente de outro rio, nesse caso do Rio Vacacaí, que vai chegar no rio Jacuí”, explicou Roberto Reis, professor da Escola de Ciências, da Saúde e da Vida da PUCRS.

Piranhas migram para o rio Guaíba e preocupam pescadores da região

Palometas de diferentes tamanhos já foram encontradas na região, o que é preocupante, já que isso é a prova de que a espécie tem se reproduzido na área.

De acordo com o g1, é o segundo ano consecutivo que as palometas aparecem em locais que não são de sua origem. Em 2022, as piranhas apareceram no Rio Vacacaí, em Santa Margarida do Sul; no Rio Taquari, em Estrela e Bom Retiro do Sul; No Rio Jacuí, em Restinga Seca, Cachoeira do Sul, Rio Pardo e São Jerônimo e na Praia de Paquetá, em Canoas, no encontro dos rios Jacuí e Sinos.

Ao g1, pescadores da região relatam que a presença das palometas têm prejudicado a pesca, pois muitos peixes vêm mordidos ou só em espinha.

Ambientalistas dizem que aparecimento de peixes em outras regiões demonstram impacto ambiental.