Fenômeno faz estragos no Sudeste e atinge a população do RS

Seja para a salada, o molho, ou qualquer outra receita, o tomate está dando um grande prejuízo para o bolso dos gaúchos. Em maio, o preço da fruta foi destaque no IPCA: na região metropolitana da Capital do RS, inflação do tomate foi de 13,45% e no acumulado de 12 meses, de 9,89%.

É comum que o preço do tomate aumente nesta época do ano, principalmente em abril, devido ao fim da safra no estado do Rio Grande do Sul. Os preços altos da fruta vistos ainda em maio deste ano foram motivo de estranheza para a população, porém, isso pode ser explicado pelas ocorrências climáticas, que dificultaram a produção no Sudeste, que abastece a Região Sul no período do inverno.

“Enquanto ocorreu seca no Sul, houve excesso de chuvas no sudeste e nordeste brasileiro. Os distribuidores estão com certa dificuldade em adquirir os volumes necessários para abastecer o mercado gaúcho. Esta situação tende a perdurar ainda por algum tempo, apresentando oscilações nos preços praticados, semanas com baixa, semanas com alta” explica o gerente-técnico da Ceasa do Rio Grande do Sul, Claiton Colvelo ao portal GZH.

Preço do tomate, afetado por fenômeno climático, deve estabilizar em junho no RS

É provável que a partir de junho os preços estabilizem, levando em conta as pesquisas do Pelo menos é o que a Ceasa (Centro Estadual de Abastecimento), que representa o atacado (que vende para as empresas que venderão aos consumidores) espera.

Caso aumente a entrada dos produtos da safra do Sudeste, a tendência é de redução nos valores. No dia 8 de junho, quando foi realizada a última pesquisa do Ceasa, o Longa Vida estava sendo vendido a R$ 4,75, elevação de 6,6% em relação à semana anterior, e o Gaúcho a R$ 8, elevação de 5,5% em relação à semana anterior.

Imagem: Eddie Pipocas/Unplash