‘Bambi da vida real’ causa estragos ambientais e põe em risco espécies nativas no RS

O ‘Bambi da vida real’ tem preocupado especialistas do Rio Grande do Sul, após ter sido comprovado que ele oferece riscos aos animais silvestres do estado, caso sua população não seja controlada. Isso porque, o Chital, que tem sido comparado com o personagem Bambi, da Disney, é uma espécie invasora que compete os animais das regiões em que faz passagem.

Esses animais nomeados cientificamente de Axis axis, são originários das florestas de Índia, Nepal e Sri Lanka e não tem predadores naturais nas Américas. Além de prejudicar as espécies, eles também podem transmitir doenças para animais e seres humanos. Por esses motivos, medidas de controle populacional foram implementadas no Rio Grande do Sul.

“Em 1930 esse cervo foi introduzido na Argentina e no Uruguai, porque é um animal muito atrativo para a caça, já que é grande e possui uma galhada bem expressiva. Com o passar dos anos alguns indivíduos migraram para o Brasil e chegaram, em 2009, no Parque Estadual do Espinilho, no Rio Grande do Sul”, conta o pesquisador Márcio Leite de Oliveira da UNESP, de acordo com o g1.

Bambi da vida real tem sido avistado em áreas urbanas do Rio Grande do Sul

Os machos dessa espécie de mamíferos podem pesar até 110 kg e ter um metro e dez centímetros de altura da cernelha, podem ter atravessado a fronteira por terra ou pela água, já que também são nadadores. Os ‘Bambis’ são herbívoros e não têm predadores no Brasil.

O primeiro chital foi registrado no Brasil há cerca de vinte e quatro anos. Nos últimos tempos, ele foi visto no Parque Estadual do Espinilho (com mais de 100 indivíduos) e também já foi avistado em áreas urbanas e praias do estado RS, além do Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, e em Santa Catarina.

Imagem: Yathin S Krishnappa