Hino do RS já foi alterado anteriormente por polêmica; relembre
O hino do Rio Grande do Sul tem sido constantemente discutido entre os moradores do estado por carregar frases que são alegadas racistas e com apologia à ditadura militar. Contudo, os proponentes alegam que desejam “proteger” representações da cultura e da história do estado.
A polêmica atual envolve um trecho considerado racista por boa parte da população, “Povo que não tem virtude / Acaba por ser escravo”. A mudança deste trecho ainda está sendo discutida pela Assembleia Legislativa.
Porém, o hino do Rio Grande do Sul já havia sofrido modificações, veja mais detalhes sobre a mudança!
Mudança do hino em 1965
A versão que atualmente é cantada pelos gaúchos remonta à versão modificada em lei aprovada em 1965 pela Assembleia Legislativa e sancionada em 5 de janeiro de 1966. A nova versão tirou o trecho que causou polêmica entre a população Rio Grandense.
Na época, os deputados estaduais decidiram que o melhor seria cortar toda a segunda estrofe do hino, que fazia referência aos gregos e romanos. O argumento da mudança seria que o hino mencionava outros povos sem ligação com o povo do Rio Grande do Sul.
Através do livro Nossos símbolos: nosso orgulho, do Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, com pesquisa de Manoelito Savaris e Ivo Ladislau, é possível acessar a explicação da mudança.
A obra de 2008 afirma que a mudança feita em 1965 abreviou o formato popular do hino. “A lei de 1966 oficializa o Hino do Estado como sendo o que se compõe da revisão da música de Joaquim José de Mendanha, realizada por Antônio Tavares Corte Real, com versos de Francisco Pinto da Fontoura, estes de forma abreviada, consagrada pelo uso popular”, afirma trecho do livro.
Imagem: Reprodução / Diário do Turismo