Importante classe trabalhadora anuncia greve no Paraná
Professores municipais de Curitiba, representados pelo Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal (Sismmac), aprovam indicação de greve em assembleia marcada para 8 de agosto, logo após o término das férias na rede municipal.
A decisão é motivada pela insatisfação dos educadores com o projeto de Plano de Carreiras proposto pela prefeitura.
Proposta de carreira limitada gera preocupações entre os professores
Segundo o sindicato, as modificações propostas pelo prefeito Greca (PSD) restringem as oportunidades de progresso na carreira dos professores. De acordo com a entidade, aproximadamente 80% do corpo docente seria excluído do chamado crescimento horizontal, que depende de avaliações. Além disso, a proposta oficial também excluiria 95% dos professores do crescimento vertical, relacionado à formação e especialização na carreira.
“Há professoras que podem se aposentar e há dez anos estão se progredir na carreira. Estamos nos organizando para mostrar à sociedade falas de nossas professoras que são mulheres, arrimo de família, que recebem uma remuneração média em torno de 3 mil”, explica.
No dia 26 de junho, completou-se um período de seis anos desde a implementação do pacotaço de Rafael Greca, que trouxe consequências negativas para os servidores públicos. Durante todo esse tempo, houve uma estagnação nas oportunidades de progressão na carreira. A pandemia agravou ainda mais a situação, levando muitas professoras a se tornarem o sustento principal de suas famílias, devido à perda de emprego de seus companheiros.
Diante desse contexto, João Silva expressa a preocupação de que a pressão sobre os servidores não se repita o que ocorreu em 2017, quando houve repressão durante a votação do pacotaço na Ópera de Arame.
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