Empresa que atua no RS fecha 88 lojas e funcionários são demitidos
A Marisa, varejista renomada, finalizou o processo de fechamento de unidades, conforme anunciado recentemente aos investidores. No total, foram encerradas 88 lojas, em conformidade com o plano inicial divulgado em março deste ano. Inicialmente, a empresa tinha previsto o fechamento de 92 lojas com desempenho financeiro negativo, porém, através de otimização de custos, seis delas puderam ser mantidas em funcionamento.
Vale destacar que aproximadamente 60% dos funcionários que atuavam nas lojas fechadas foram desligados, enquanto os demais foram realocados internamente, visando a reestruturação das operações da empresa.
Ajustes estratégicos: Marisa fecha lojas e busca fortalecimento
A Marisa tomou a decisão de fechar três de suas lojas em Minas Gerais, localizadas em Belo Horizonte, Pouso Alegre e Uberlândia. Esses fechamentos fazem parte de um processo maior, que resultou no encerramento de um total de 88 unidades, sendo 59 lojas de rua e 29 em shopping centers. Com essas medidas, a varejista agora opera com 246 lojas em todo o país.
A empresa investiu cerca de R$ 44,5 milhões nesse processo de fechamento, o que, segundo a Marisa, resultará em um ganho adicional de R$ 40 milhões ainda este ano, com previsão de aumentar para R$ 60 milhões anualmente a partir de 2024. João Pinheiro Nogueira Batista, CEO da Marisa, enfatizou que esse plano de reestruturação, que inclui o fechamento de lojas e a redução de despesas, é fundamental para fortalecer e sustentar o negócio da empresa.
A crise enfrentada pela Marisa não é única no setor varejista, uma vez que outras grandes empresas, como Americanas e Tok&Stok, também enfrentam desafios semelhantes. Segundo o economista Gustavo Gomes, especialista em mercado financeiro e renda variável, essas empresas compartilham uma raiz comum em relação aos problemas enfrentados.
“Cinco anos atrás, a gente tinha um investimento muito alto nas empresas de varejo. Havia uma disponibilidade de capital muito mais fácil. E os juros eram muito menores. De lá pra cá essas dívidas começaram a ser cobradas e, com a alta dos juros, a gente vê que as margens ficaram cada vez mais apertadas. Então essa dívida fica cada vez mais cara e o lucro começa a diminuir”, disse.
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