Famosa loteria da Caixa vai voltar a ser vendida após ser suspensa
Após oito longos anos de ausência, a raspadinha, um dos jogos mais adorados pelos apostadores, está de volta, prometendo animar o cenário de apostas nas lotéricas de todo o Brasil. Sob a gestão da Caixa Loterias, a nova fase da raspadinha não só reintroduz este clássico, mas também marca a expansão da Caixa para o crescente mercado de apostas online.
Por que a raspadinha estava fora do mercado?
Em 2015, a comercialização da raspadinha foi suspensa pela Controladoria-Geral da União (CGU) devido a preocupações legais sobre a forma como as apostas estavam sendo conduzidas. Essa suspensão resultou em uma perda significativa de receita de aproximadamente R$ 8 bilhões. No entanto, alterações na legislação em 2018 abriram caminho para que o jogo fosse retomado, uma jogada estratégica que parece promissora para a economia do setor de jogos no país.
A novidade que a Caixa Loterias traz é a modernização de um dos jogos mais populares. Além da tradicional raspadinha física, que pode ser adquirida nas lotéricas, os apostadores agora poderão utilizar uma versão digital. Com o uso de um aplicativo para celular, será possível “raspar” o bilhete virtualmente, adaptando-se assim às novas tecnologias e preferências dos consumidores modernos.
Quais são as projeções de mercado com esse retorno?
Segundo Lucíola Vasconcelos, diretora-presidente da Caixa Loterias, o retorno da raspadinha e a entrada no mercado de apostas online, conhecido como ‘bets’, representam um futuro promissor. Com 48% da participação de mercado mundial, estas modalidades são vistas como um grande potencial ainda pouco explorado no Brasil.
A expectativa é que haja um aumento de pelo menos 20% na arrecadação anual, que em 2023 foi de R$ 23,4 bilhões. O preço dos bilhetes variará entre R$ 2,50 e R$ 20, com os prêmios proporcionalmente ajustados ao custo da aposta.
Embora haja expectativas positivas, também existem desafios. Por exemplo, a gestão e a regulamentação eficiente deste tipo de aposta são cruciais para garantir tanto a legalidade quanto a segurança dos consumidores. A boa notícia é que cerca de 48% da receita arrecadada com essas apostas é reinvestida em programas sociais em áreas como cultura, esportes e segurança pública, infundindo um propósito social significativo nos jogos de apostas.