Governador do RS diz que cidades terão de ser realocadas
As intensas chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul recentemente provocaram situações extremas e desafios significativos para a gestão estadual e municipal. Em uma entrevista concedida ao portal CNN nesta segunda-feira, o governador Eduardo Leite (PSDB) detalhou algumas medidas emergenciais que estão sendo tomadas para enfrentar as consequências desse desastre natural.
Muitos municípios sofreram danos significativos, levando a debates sobre a necessidade de realocar algumas comunidades para regiões mais seguras. Segundo o governador, essa decisão será tomada em conjunto com as prefeituras das áreas afetadas.
Qual é o plano imediato para a realocação dos municípios afetados?
Eduardo Leite explicou que a realocação é uma medida preventiva para evitar futuras catástrofes e garantir a segurança dos moradores. “Municípios vão ter que ser parte realocados para localidades mais seguras, onde pode ser feita uma ação de proteção às cidades, como diques ou a dragagem do rio”, afirmou o governador. O processo envolverá a construção de diques e a dragagem de rios para proteger estas novas áreas.
Ainda de acordo com o governador, é essencial que as autoridades locais participem ativamente desse processo para que as soluções sejam eficazes e respeitem as particularidades de cada região.
O último balanço da Defesa Civil, liberado hoje, mostra números alarmantes: cerca de 581.633 pessoas foram desalojadas, com 76.188 delas necessitando de abrigos temporários. Além disso, houve 157 fatalidades, 88 desaparecidos e 806 feridos devido aos incidentes relacionados às enchentes.
O governo do Estado já iniciou a implementação de projetos habitacionais para atender às necessidades urgentes da população desabrigada. “Já emitimos a ordem de início, na semana passada, para o município de Santa Tereza, que fica no Vale do Taquari. Lá estavam previstas 12 moradias. Já emitimos ordem de início para 24. Na verdade, já dobramos o número de moradias. E temos a expectativa, portanto, que entre quatro a seis meses essas moradias possam estar prontas”, destacou Leite. Ele acrescentou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se comprometeu a apoiar fortemente a questão habitacional.
Um dos modelos de habitação, já aprovado, possui 44 metros quadrados e contará com 250 unidades a serem construídas no Vale do Taquari a partir de 21 de maio. O prazo estimado para a montagem dessas residências é de 120 dias após o início das obras.
Além das medidas emergenciais, o governo estadual enfatiza a necessidade de planejamento e investimento contínuo em infraestrutura e defesa civil. Esse planejamento inclui melhorar a capacidade do estado de responder a emergências e implementar ações preventivas para mitigar os efeitos de futuras catástrofes naturais.