Porto Alegre tem quase metade das lojas com atendimento afetado pelas enchentes
Donos de lojas no Centro Histórico de Porto Alegre têm enfrentado grandes desafios após recentes inundações. Com a água subindo rapidamente, muitos comerciantes estão se mobilizando para limpar e recuperar seus estabelecimentos.
Impacto significativo no comércio da capital
Uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas POA) revelou que cerca de 46,6% dos negócios na cidade foram diretamente impactados pelo fenômeno. Do total de entrevistados, 20.2% afirmaram que seus negócios estão totalmente inoperantes, enquanto 26,4% estão funcionando apenas parcialmente.
Segundo o levantamento, 15% dos lojistas apontam o alagamento como principal motivo para a paralisação das vendas. Além disso, 5,4% dos entrevistados citaram a falta de recursos básicos como água e luz como impedimentos adicionais para a retomada das atividades comerciais normais.
Como as enchentes influenciaram a economia local?
Durante um encontro da diretoria da Federação das Associações Gaúchas do Varejo (FAGV), foi discutido que aproximadamente três em cada dez empresas de Porto Alegre foram atingidas pela enchente. Além disso, estima-se que 400 mil trabalhadores tenham sido afetados. A gravidade da situação sugere que o Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul possa ver uma retração de cerca de R$ 40 bilhões, um declínio aproximado de 6,2% em relação ao ano de 2023.
Inicialmente, era esperado que a economia do estado crescesse em torno de 4,5% em 2024. No entanto, com o impacto das inundações, projeções ajustadas indicam uma possível queda de cerca de 1,5%.