Gaúchos podem ter conta de luz zerada até o fim de 2024

Após as intensas chuvas que atingiram diversas cidades no Rio Grande do Sul, a Usina Hidrelétrica de Itaipu poderia desempenhar um papel crucial na recuperação econômica dos afetados. Uma quantia significativa, estimada em R$ 1,2 bilhão, está em saldo na usina e pode ser utilizada para reduzir ou até mesmo zerar temporariamente as tarifas de energia elétrica das regiões mais impactadas.

Essa movimentação financeira aguarda uma decisão política. Segundo declarações recentes, a avaliação técnica por parte do governo está em curso e uma decisão é esperada em breve. Este fundo adicional é visto como um respiro necessário para a população que enfrenta não apenas a reconstrução de suas casas, mas também a recuperação econômica.

Como funcionaria a aplicação dos fundos de Itaipu?

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, explicou que a proposta ainda está sendo estudada, mas adiantou que a transferência dos valores poderia ocorrer por meio de uma medida provisória, agilizando o processo. Isso seria essencial dado o caráter urgente da situação enfrentada pelos cidadãos gaúchos.

Segundo Verri, a utilização dessa reserva financeira poderia aliviar as contas de energia elétrica até o final do corrente ano. “O cálculo que existe é que isso pode dar até o final do ano. Vai depender muito de quem é que vai entrar nesse desenho, o que daria um grande fôlego para a população”, afirmou durante entrevista ao portal “G1”. A medida, no entanto, ainda depende de formalizações legais e de uma aprovação final que envolve o Presidente da República e a Casa Civil.

Em paralelo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) tem adotado medidas para amenizar os impactos das chuvas nas contas de luz dos moradores. Recentemente, a ANEEL proibiu o corte de energia por falta de pagamento e colocou em pauta a possibilidade de não apenas prorrogar os prazos para pagamento, como também discutir abatimentos e modalidades de perdão das dívidas, sob certas circunstâncias.

A definição sobre o uso dos fundos de Itaipu e as ações da ANEEL são esperadas com grande expectativa. Enquanto isso, a população do Rio Grande do Sul permanece atenta às decisões que poderão aliviar consideravelmente o peso da reconstrução pós-desastres naturais sobre seus bolsos.