Governo revela quando Aeroporto Salgado Filho deve reabrir

Em meio à recuperação de grandes catástrofes, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, principal via de tráfego aéreo de Porto Alegre, enfrenta um processo intenso de avaliação e reparo. Após os desafios enfrentados no último mês, a estrutura da instalação ainda carece de atenção especial, sobretudo devido aos danos advindos das fenomenais enchentes que castigaram o Rio Grande do Sul.

No último boletim emitido pela Defesa Civil, o balanço apresenta números alarmantes de desastres causados pelas inundações, o que ressalta a gravidade da situação. Além de muitas perdas humanas, diversos locais públicos e infraestruturas foram profundamente impactados, incluindo o Aeroporto Salgado Filho, que viu suas operações totalmente suspensas.

Impacto do fechamento do Salgado Filho para Porto Alegre

O fechamento do Aeroporto Salgado Filho trouxe não apenas transtornos logísticos, mas também econômicos. Este aeroporto, único do estado com capacidade para voos internacionais, deixou de realizar cerca de 142 voos diários. Desde o encerramento temporário, mais de 4.200 voos foram cancelados. A cidade e o estado enfrentam, sem dúvida, um gargalo em sua conexão com o mundo.

Nesta segunda-feira (3), uma equipe técnica da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), junto a representantes da Fraport, operadora do aeroporto, e do Governo Federal, conduziu uma vistoria abrangente visando notar todos os danos. Identificou-se a necessidade imperiosa de reparar a rede elétrica e promover reformas na pista de pouso e decolagem, que sofre com o esfarelamento do asfalto. Estas condições colocam a segurança de operações aéreas em risco, tornando urgente sua restauração.

Paulo Pimenta, ministro extraordinário de Apoio à Reconstrução do RS, anunciou recentemente que haveria um financiamento destinado à Fraport para auxiliar nos custos de reparação não previstos no contrato de concessão. Essa medida visa acelerar o processo de recuperação e garantir que as obras sejam concluídas a tempo de retomar as operações normais até o Natal.

Para mitigar parte dos transtornos e não deixar o estado isolado, a Base Aérea de Canoas começou a operar voos comerciais emergencialmente. Desde a emergência, a base conseguiu ajuda significativa, aumentando o número de voos semanais e garantindo um mínimo de conectividade aérea.

Os próximos passos dependem largamente das condições climáticas nos próximos meses e da eficácia dos trabalhos de recuperação. Enquanto isso, o Rio Grande do Sul permanece em estado de atenção, e todo apoio se faz necessários para superar este momento crítico.