Pesquisa faz revelação assustadora sobre famosa marca de enxaguante bucal
Uma descoberta recente em uma pesquisa realizada pelo Instituto de Medicina Tropicalista de Antuérpia, na Bélgica, elevou preocupações sobre o uso de enxaguantes bucais que contêm álcool em sua composição. O estudo aponta um possível vínculo entre o uso destes produtos e um aumento nos riscos de desenvolver câncer de esôfago e colorretal.
O enxaguante em questão, o Listerine Cool Mint, popular no mercado, possui 21,6% de álcool e foi usado em um experimento controlado. A pesquisa monitorou a flora bucal de 59 pacientes ao longo de seis meses, alternando entre o uso de Listerine e um placebo.
Quais foram os resultados da pesquisa?
Durante o estudo, os cientistas identificaram um aumento significativo em duas espécies de bactérias: Fusobacterium nucleatum e Streptococcus anginosus. Essas bactérias são conhecidas por sua associação com cânceres no sistema digestivo. Surpreendentemente, houve uma redução nas actinobactérias, conhecidas por ajudarem na regulação da pressão arterial.
Os resultados deste estudo sugerem que os enxaguantes bucais com álcool podem facilitar um ambiente mais propício ao desenvolvimento de bactérias nocivas. Chris Kenyon, um dos líderes do estudo, advoga por uma utilização cautelosa e preferencialmente reduzida de enxaguantes com álcool.
A empresa responsável pela marca Listerine, a Kenvue, expressou sua preocupação com a qualidade e o rigor científico do estudo. Um porta-voz da empresa mencionou que o Listerine é um dos enxaguantes mais testados e que continuam avaliando as pesquisas recentes para assegurar a segurança e eficácia de seus produtos.