Redução de tarifas na conta de Luz no Paraná é cancelada
Iniciamos o mês com uma atenção especial voltada para os reajustes tarifários no setor de energia elétrica. Todos os anos, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realiza uma revisão das tarifas com base nas despesas e investimentos reportados pelas distribuidoras. Este processo é crucial para determinar quão sustentáveis serão as contas de luz de residências e empresas.
Este ano, a novidade veio da Copel, a Companhia Paranaense de Energia, que surpreendeu a todos ao solicitar um ajuste para menos nas tarifas propostas pela Aneel. No entanto, o contexto se tornou mais complexo quando a própria companhia decidiu contestar os números preliminares sugeridos pela agência reguladora.
Qual foi o reajuste proposto inicialmente pela Aneel para a Copel?
Inicialmente, a Aneel determinou um reajuste negativo de 3,89% para consumidores residenciais e pequenas empresas, e de 2,09% para grandes corporações. Essa proposta, que à primeira vista beneficiaria os consumidores, não foi bem recebida pela diretoria da Copel que, opondo-se aos cálculos, argumentou sobre os possíveis efeitos oscilatórios dessas variações.
A companhia, através de seu diretor de Regulação e Mercado, Fernando Antônio Grupelli Jr., apresentou uma defesa destacando o risco de uma “gangorra tarifária”. Essa instabilidade, segundo a Copel, prejudicaria tanto o planejamento financeiro dos consumidores quanto das empresas, comprometendo a gestão de custos de energia a longo prazo. A Aneel, ao analisar os argumentos, optou por uma decisão conservadora, estabelecendo o reajuste em 0%, ou seja, sem alterações para este ano.
O cenário se complicou ainda mais com a participação dos consumidores, que, através do Conselho de Consumidores da Copel, questionaram por que o desconto previsto não foi aplicado. Um recurso técnico foi protocolado na Aneel pela manutenção do desconto médio de 3,29%, conforme o avaliado anteriormente pela agência.