Cidade brasileira é uma das que corre risco de afundar ao redor do mundo em breve
Você sabia que algumas das maiores cidades do mundo podem desaparecer embaixo d’água nas próximas décadas? Fatores como a extração de águas subterrâneas, a pressão sobre o solo e o aumento do nível do mar, exacerbado pelas mudanças climáticas, contribuem para essa situação crítica. Conheça a seguir seis cidades que correm o risco de afundar no futuro próximo.
Essas regiões, espalhadas por diferentes continentes, sofrem com as consequências de ações humanas e alguns fenômenos naturais. A situação exige medidas urgentes para prevenir desastres e proteger a população e o patrimônio. Vamos explorar cada uma dessas cidades e entender o que está acontecendo.
Cidades que estão afundando
Recife, Brasil
Recife, capital de Pernambuco, é a cidade brasileira mais ameaçada pelo aumento do nível do mar, segundo o Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas da ONU. Além disso, um relatório do Instituto para a Redução de Riscos e Desastres (IRRD) da UFRPE revelou que 44% do território da cidade tem alto risco de inundações.
Essa cidade, muitas vezes chamada de “Veneza Brasileira”, já enfrenta enchentes regulares em áreas costeiras. As projeções indicam que, sem medidas eficazes de adaptação, Recife poderá sofrer um aumento significativo no risco de inundações e afundamento nas próximas décadas.
Cidade do México, México
A Cidade do México afundou 10 metros nos últimos 100 anos, um fenômeno assombroso. Sua localização sobre a antiga ilha que formava o Lago Texcoco, aliado à expansão urbana e extração de água potável do subsolo, vem provocando uma lentidão no colapso do terreno.
A medida que a população cresceu, a necessidade de expansão urbana se tornou premente, levando à drenagem do lago e extração de água do subsolo. Tal prática vem afundando paulatinamente essa gigantesca metrópole.
Jacarta, Indonésia
Em Jacarta, mais de 40% da cidade está abaixo do nível do mar. Partes do norte da cidade já enfrentam inundações frequentes. Com o risco de grande parte da cidade se tornar inabitável até 2030, o governo iniciou a construção de uma nova capital, Nusantara, localizada a 1.300 km de distância.
Isso se deve principalmente à extração intensiva de água subterrânea, que provoca a compactação do solo e sua subsidência a uma taxa alarmante de até 10 centímetros por ano em algumas áreas.
Nova York, Estados Unidos
Nova York também está ameaçada devido à subsidência do solo e à extração de água potável do subsolo. A cidade, icônica por seus arranha-céus, enfrenta ainda o aumento do nível do mar, agravado pelas mudanças climáticas. Desde 1954, o nível das águas subiu 22 centímetros.
Esses fatores combinados criam uma situação de risco para a maior metrópole dos Estados Unidos, demandando iniciativas urgentes para mitigar os efeitos adversos que já começam a ser sentidos.
Roterdã, Países Baixos
Roterdã, nos Países Baixos, enfrenta o risco de afundamento, comum à região. Esta cidade se destaca particularmente pela sua alta taxa de subsidência, que chega a 1,5 cm por ano. Estima-se que 90% de Roterdã esteja abaixo do nível do mar.
A Holanda atua há séculos em projetos de gestão de água, utilizando sistemas de diques e barreiras para proteger suas cidades do mar e das cheias dos rios. Recentemente, Roterdã investiu em um novo sistema de barreiras e bombas para manter a cidade segura.
Veneza, Itália
Conhecida pelo fenômeno “acqua alta”, Veneza enfrenta inundações várias vezes por ano desde a sua fundação no século V. O aquecimento global e o aumento do turismo de massa agravam a situação, colocando a cidade em um estresse contínuo.
Construída sobre uma área pantanosa e uma placa tectônica instável, Veneza afunda aproximadamente 0,2 cm por ano. Embora essa taxa possa parecer pequena, ela é significativamente aumentada pela elevação do nível do mar, exigindo ações urgentes para preservar esta cidade histórica.