Prefeito de Porto Alegre alega responsabilidade pelas inundações em maio

Tentando se reeleger em Porto Alegre como prefeito, Sebastião Melo, deu uma entrevista ao jornal “O Globo” e falou sobre diversos assuntos. Um deles, e o principal, foi sobre as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul.

A mesma demonstrou o despreparo que o estado tinha para com desastres naturais, que de todas as formas iria acontecer, mas poderia ser de maneira menor. Sebastião assumiu uma parcela de culpa mas também citou que todos tem responsabilidade:

“O sistema contra cheias de Porto Alegre é da década de 1960. Foi concebido e executado pelo governo federal, não foi revisado e mostrou-se insuficiente. Sou o 14º prefeito nesse período. A União é responsável pela proteção, e o estado, pela dragagem dos rios, o que não acontece há 30 anos. Nós fizemos muita manutenção. Foram várias falhas, mas procurei buscar soluções, não culpados. Há responsabilidade de muita gente, e com certeza do prefeito também.” – respondeu.

Sebastião quer mais quatro anos em Porto Alegre

Mesmo com todos os problemas que enfrentou principalmente nos últimos meses, Sebastião quer mais quatro anos a frente da capital do Rio Grande do Sul. Como todos os anos, chuvas fortes acontecem no estado, também falou sobre o preparado para as possíveis futuras enchentes:

“Estamos fazendo obras emergenciais e contratando um estudo para o novo sistema, que precisa estar integrado com a Grande Porto Alegre. Tem que sair do papel uma coordenação para proteger a bacia do Rio Guaíba das cheias. Se não tiver uma governança cooperativa, sem transferência de responsabilidade, vai ser mais um sonho de verão.” – completou.

Por fim, falou também sobre a briga política que atinge o Brasil há alguns anos. Lula e Bolsonaro dividem opiniões do público e seu vice, é do PL, partido comandado por Jair Bolsonaro. Sebastião no entanto não quis se envolver:

“Bolsonaro esteve aqui há quase um mês. É sempre bem-vindo. A eleição é para presidente ou para prefeito? Não está em julgamento nem Lula nem Bolsonaro.” – completou.