Acúmulo de lixo causado por ciclone gera reclamações no RS
Após dois meses depois da passagem do ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul, os moradores do município Estrela, na região do Vale do Taquari, reclamam sobre o acúmulo de lixo em ruas públicas da cidade.
De acordo com informações da imprensa local, são mais de 180 mil toneladas de resíduos que ainda não tiveram o destino correto. Só em Estrela, são 14,8 mil toneladas. Dessa forma, os moradores destacam a falta de atenção das autoridades para realizar a limpeza da cidade gaúcha.
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Lixo acumulado preocupa moradores
Atendendo às reclamações, nesta sexta-feira (1º), inicia o recolhimento de 120 mil toneladas de lixo. A verba de R$ 26 milhões para a realização do trabalho foi solicitada, em 20 de outubro, ao governo federal. Para a recolhimento das 60 mil toneladas restantes, será necessário um novo pedido
“Serão 60 caminhões por dia que vão levar os resíduos da região até um aterro licenciado [em Minas do Leão]. Nós iniciaremos o trabalho ainda essa semana e ele vai acontecer até os primeiros meses do ano que vem”, afirma a secretária de meio ambiente e infraestrutura do estado, Marjorie Kauffmann.
Vale ressaltar que as prefeituras do estado afirmam não terem recursos o suficiente para a retirada dos materiais dos aterros temporários.
Possível poluição do solo
Segundo a diretora do departamento de meio ambiente, Tanara Schmidt, os resíduos acumulados já causaram a contaminação do solo no Porto de Estrela.
“Já faz mais de dois meses que esse entulho está aqui a céu aberto e em contato direto com o solo. Existe, sim, risco à saúde pública e condições favoráveis para proliferação de doenças, por exemplo. Depois que isso for recolhido, vamos ter que investir em análise e tratamento do solo, porque tem grande chance de ter havido infiltração e/ou contaminação nessas situações”, explica.
Foto: Gabriel Costa/ RBS TV