De acordo com as análises divulgadas nesta quarta-feira (8), pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), da Organização das Nações Unidas (ONU), há 90% de chances de o El Niño durar até abril de 2024. Só neste ano, o fenômeno trouxe calor excessivo e diversas chuvas para o país, que geraram diversos transtornos, principalmente no Rio Grande do Sul.
O El Niño é caracterizado pelo aquecimento significativo das águas do Oceano Pacífico, gerando grandes alterações no clima. No Brasil, ele é responsável por ocasionar secas prolongadas em algumas regiões, e chuvas intensas e volumosas em outras. Em 2023, o calor foi recorde em diversos partes do país e as enchentes decorrentes dos temporais destruíram a vida de muitas pessoas.
De acordo com o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, no próximo ano, a situação deve piorar ainda mais. O especialista alerta que eventos climáticos extremos como ondas de calor, secas, incêndios florestais e enchentes serão mais comuns, podendo gerar grandes impactos.
Fenômeno no Rio Grande do Sul
Neste ano, o El Niño causou diversos estragos no Sul, em especial no RS. Casas foram destruídas, pessoas ficaram sem luz e muitas morreram. O calor também tem sido um problema. De acordo com o meteorologista da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Douglas Lindemann, a situação não deve melhorar em 2024. As informações são do GZH.
Lindemann afirma que durante o fim da primavera e o todo o período de verão, que inicia em 22 de dezembro, o Estado será atingido por chuva acima da média.
“Provavelmente vamos ter um super El Niño. O último desses se formou em 2015 e atingiu o ápice em 2016, então o mesmo deve acontecer agora. Está atingindo o ápice e deve continuar até o ano que vem. Portanto, é possível afirmar que teremos chuva acima da média.”, disse.
Quando o El Niño deve parar de afetar o Brasil?
Segundo o novo relatório da OMM, o El Niño deve diminuir significativamente apenas na próxima primavera no Hemisfério Norte. Até abril, há grandes chances de elevadas temperaturas e chuvas intensas serem registradas.
Imagem: Lauro Alves / Agencia RBS