Alerta importante sobre doações para vítimas do RS
Uma recente pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) trouxe à tona uma preocupante realidade envolvendo anúncios falsos nas redes sociais. Estes anúncios têm como objetivo captar doações para as vítimas das enchentes que devastaram o estado do Rio Grande do Sul. O estudo identificou uma quantidade significativa de fraudes que usam da vulnerabilidade emocional do público para arrecadar fundos de maneira ilegítima.
Como os golpistas operam nas redes sociais?
Segundo o relatório, entre os dias 6 e 8 de maio, coincidindo com os primeiros dias após a tragédia, foram detectados 351 anúncios fraudulentos. Esses anúncios foram criados por 186 diferentes entidades, que se valiam de técnicas de engenharia social para aplicar golpes. Além disso, muitos destes utilizavam imagens de celebridades e cidadãos reais sem consentimento, associando-os a campanhas de arrecadação inexistente.
Um exemplo claro dessa operação fraudulenta foi visto em um anúncio no Facebook, que faz parte da empresa Meta. Neste anúncio, falas do governador Eduardo Leite eram usadas indevidamente para atrair cliques para um site de campanhas de arrecadação chamado Vakinha, onde supostamente qualquer pessoa poderia iniciar uma campanha de doações. No período analisado, um total de 324 anúncios estavam atrelados a este site, demonstrando a amplitude do problema.
O estudo conduzido por Débora Salles e Rose Marie Santini não apenas mapeia os contornos da desinformação em tempos de crise, mas também fortalece o entendimento sobre como plataformas de redes sociais podem ser manipuladas para fins fraudulentos.
Como podemos nos proteger de anúncios fraudulentos?
- Verificar a origem dos anúncios e realizar uma pesquisa rápida sobre a organização listada.
- Desconfiar de campanhas que utilizam imagens de celebridades ou figuras públicas sem citações verificáveis.
- Entrar em contato direto com as organizações por canais oficiais para confirmar a veracidade das campanhas de doação.
- Reportar às plataformas qualquer suspeita de anúncio falso para ajudar no combate à disseminação de fraudes.
O alerta dado pela UFRJ é um passo crucial para que possamos compreender e combater as práticas de desinformação e golpes online, especialmente em momentos de grande necessidade e urgência humanitária. As redes sociais, enquanto ferramentas poderosas para mobilização social e apoio, precisam também de mecanismos rigorosos de verificação para impedir abusos e danos a terceiros.
