Aluguel em Porto Alegre registra maior alta dos últimos anos

O custo da locação de imóveis tem aumentado significativamente no país, registrando uma alta quase inédita nos últimos 12 meses. Este aumento é particularmente notável nas grandes cidades, onde a demanda por imóveis residenciais e comerciais continua a crescer.

De acordo com o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb, em julho o custo médio do metro quadrado para locação apresentou um crescimento de 3,45% em comparação ao mês anterior. Este foi o maior aumento mensal desde março de 2019, quando a série histórica começou.

Motivo da alta no custo da locação de imóveis

O aumento no custo da locação de imóveis não ocorre isoladamente. Desde a tragédia ambiental no Rio Grande do Sul em maio de 2023, que resultou em enchentes devastadoras, o preço dos aluguéis tem subido de forma contínua. Neste cenário, a alta foi de 5,2% em comparação com abril.

Conforme explicou Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar, “Os resultados de julho indicam que a tragédia ambiental impactou o segmento de locação. O número de imóveis disponíveis para alugar diminuiu, aumentando a pressão nos preços em virtude da demanda crescente.”

A busca por regiões mais elevadas e menos afetadas pelas enchentes tem contribuído para a variação de preços entre bairros. Porém, bairros como Santa Cecília, Jardim Itu-Sabará e Rio Branco viram um aumento considerável nos valores do aluguel.

  • Santa Cecília: 28,4%
  • Jardim Itu-Sabará: 13,7%
  • Rio Branco: 11,8%

Essa variação se deve à procura por áreas consideradas seguras e menos suscetíveis a desastres naturais, elevando o valor dos aluguéis nessas regiões.

Quais imóveis registraram maior alta?

Os imóveis de um e dois dormitórios foram os que mais sentiram o peso dessa valorização recente. Em julho, o custo médio do metro quadrado das residências com um quarto subiu 4,15%, enquanto as com dois quartos tiveram uma alta de 3,56%.

  1. Imóveis com 1 dormitório: aumento de 4,15%
  2. Imóveis com 2 dormitórios: aumento de 3,56%

Essa tendência reflete a busca crescente por unidades menores, muitas vezes mais acessíveis para locação do que imóveis de maior porte.