Ampliação de doação de alimentos para periferias de Porto Alegre é anunciada
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra pelo Rio Grande do Sul (MST/RS) ampliou a doação de alimentos nas periferias de Porto Alegre. No último sábado (25) às famílias de agricultores assentados realizaram uma doação de 12 toneladas de alimentos.
A iniciativa entregou os alimentos produzidos nos assentamentos para 15 associações de moradores e 38 cozinhas comunitárias da cidade e da região metropolitana. A entrega dos alimentos faz parte da 9ª Jornada de Agroecologia, que distribui parte da produção nos assentamentos para pessoas em situação de fome.
Distribuição de alimentos para quem precisa faz parte da cultura do MST
O diretor estadual do MST, Geronimo da Silva, em entrevista ao Extra Classe, explicou que a distribuição da produção faz parte da cultura do movimento. “Realizamos essa doação para marcar o dia que se comemora a festa da colheita. Essa é a nossa tarefa, enquanto Sem Terra, produzir alimentos e compartilhar nossas produções”
O dirigente afirmou que a doação de alimentos continuará a ser realizada mensalmente “Nós estamos contribuindo com um processo que já existia antes de nós. Esse é um trabalho organizado e puxado pelas mulheres da periferia”, explica. Entre os alimentos distribuídos pelo MST, estão arroz orgânico, feijão, leite, mandioca, batata, moranga, abóbora, bergamota, laranja, repolho, beterraba entre outros.
Geronimo ressalta a importância da iniciativa diante a atual realidade em que 33 milhões de cidadãos estão passando fome no país.
“Nós, enquanto organização, estamos tentando fazer a nossa parte, pois sabemos que isso na verdade deveria ser um dever do Estado. Mas as famílias Sem Terra entendem a importância desses alimentos na mesa de quem mais precisa. Juntos vamos avançar e mudar o país”, sinaliza.
O Movimento Sem Terra
O Movimento Sem Terra está presente em 24 estados do país. Cerca de 450 mil famílias estão assentadas em terras provenientes da luta e organização dos trabalhadores rurais.
No Rio Grande do Sul, os assentamentos são referência na produção, beneficiamento e exportação de arroz orgânico na América Latina.