Antártica enfrenta recorde de derretimento do gelo marinho
Relatório estadunidense aponta que a Antártica chegou no seu recorde mínimo de extensão de gelo marinho. A pesquisa foi divulgada pelo Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC) e aponta que a atual extensão é de 1,91 milhão de quilômetros quadrados.
2023 marca o segundo ano consecutivo que a região alcança sua menor extensão de gelo marinho até então. No ano anterior, a medição foi de 1,92 milhão de quilômetros quadrados. De acordo com o estudo, o verão nesta época do ano pode ser o responsável pela aceleração do derretimento.
Porque o gelo da Antártica está derretendo?
A pesquisa aponta que as condições no tempo trouxeram um tempo mais quente para a região da Península Antártica. Assim, a área esteve afetada por uma temperatura mais elevada e ventos fortes e quentes, que contribuíram para o aumento do degelo.
Os ventos mais fortes são resultado da variação na pressão atmosférica na região. Por conta da influência desse fenômeno, os blocos de gelo se deslocam rumo a áreas mais quente, onde derretem com maior facilidade. Comparando com o mesmo período do ano anterior, a redução deve ficar ainda maior, pois as diminuições mais significativas costumam ser registradas nos últimos dias de fevereiro e no início de março. Mesmo assim, parte do território perdido deve ser recuperada durante o período do inverno.
Impactos do derretimento de gelo
A Antártica é de extrema importância para a manutenção da temperatura do planeta, pois o gelo marinho reflete a radiação solar, evitando que fique retida na Terra. Dessa forma, a redução da área pode ser um agravante no aquecimento global.
O degelo é monitorado pelos pesquisadores desde 1979. Ao longo do ano, a extensão sempre apresenta variações, porém, nos últimos oito anos, a redução tem sido mais significativa, coincidindo também com o aumento nas temperaturas da Terra.