Após denúncias de cartel no Metrô e CPTM paulistanos se reúnem contra Alckmin

A capital paulista deve ser palco de mais um protesto na tarde desta terça-feira, 30. O evento que pede a saída do governador Geraldo Alckmin (PSDB) está marcado para às 18h, na região do Largo da Batata, em Pinheiros, zona Oeste. Além do pedido de impeachment do político, a manifestação é em apoio aos cariocas que protestam contra o governador Sérgio Cabral. No ato, os participantes também pedirão explicações sobre o sumiço do pedreiro Amarildo Dias da Silva, de 47 anos, desaparecido desde que foi levado por policiais militares até a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, no bairro da zona Sul do Rio de Janeiro. Chamado de ‘2º Grande Ato Fora Alckmin’, o protesto vem na semana de denúncias contra o governo tucano em licitações do Metrô paulistano. Inclusive, a capa da revista ISTOÉ desta semana trata do superfaturamento em obras e aquisições de trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). “A investigação revela que o cartel superfaturou cada obra em 30%. É o mesmo que dizer que os governantes tucanos jogaram nos trilhos R$ 3 de cada R$ 10 desembolsado com o dinheiro arrecadado dos impostos. Foram analisados 16 contratos correspondentes a seis projetos. De acordo com o MP [Ministério Público] e o Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica], os prejuízos aos cofres públicos somente nesses negócios chegaram a RS 425,1 milhões. Os valores, dizem fontes ligadas à investigação ouvidas por ISTOÉ, ainda devem se ampliar com o detalhamento de outros certames vencidos em São Paulo pelas empresas integrantes do cartel nesses e em outros projetos”, destaca um trecho da matéria publicada em 26 de julho e atualizada na tarde desta terça-feira, 30.

Governantes tucanos dirigem São Paulo desde 1º de janeiro de 1995, quando foi empossado Mário Covas, seguido do próprio Geraldo Alckmin, que ocupou o cargo em 6 de março de 2001, após morte de Covas, que havia sido reeleito. De fato, Alckmin foi eleito por duas vezes, em outubro de 2002 e outubro de 2010. Perdedor na disputa com Fernando Haddad (PT) para a prefeitura de São Paulo, na eleição passada, José Serra ocupou o cargo de governador entre janeiro de 2007 e abril de 2010, quando renunciou ao cargo pra concorrer à presidência do país, sendo derrotado por Dilma Rousseff (PT).