Após esperar IML por 8h, mulher morta na Sé deve ser enterrada como indigente

Tarde da última quinta-feira, 11, a moradora de rua conhecida como Meire da Silva, de 55 anos, cadeirante, começa a passar mal, bem em frente ao Marco Zero da capital, na Praça da Sé, Centro. Pessoas que a conhecem acionam o Serviço de Atendimento Médio de Urgência (SAMU) e uma base da Guarda Civil Metropolitana (GCM) a metros dali. Segundo a ONG Rede Rua, em entrevista ao portal UOL, houve negligência no atendimento por parte das duas instituições, o que acarretou na morte da mulher, constatada por uma médica do SAMU, às 10h, da sexta-feira 12, após um segundo chamado médico realizado no início da manhã. Para piorar, seu corpo foi recolhido pelo IML somente oito horas após, no momento em que várias pessoas voltavam do trabalho para casa e embarcavam na Estação Sé do Metrô. Sem documentos, o corpo aguarda há quatro dias no IML a presença de algum parente com documentos que, caso o contrário será enterrado como indigente. A Secretaria Municipal de Direitos Humanos, que acompanha o caso, trabalha para que isso não aconteça. Segundo a matéria do UOL, a secretaria diz estar se esforçando para dar dignidade na hora do enterro, além de oferecer ajuda psicológica ao companheiro de Meire, o também morador de rua Adão Andrade, de 67 anos. Ainda de acordo com a publicação, a Secretaria de Segurança Pública (SSP), investiga a demora do IML na remoção do corpo.