Assembleia Legislativa: acordo deve manter PT e incluir Republicanos no revezamento de poder
O acordo para revezamento de poder entre as maiores bancadas da Assembleia Legislativa deve ser mantido, de acordo com líderes partidários. A renovação do acordo afastaria tentativas de tirar o PT da alternância de poderes.
Já é tradicional na Assembleia que os quatro partidos que elegem a maior parte dos deputados alternem durante quatro anos a presidência da Casa. A federação do PT elegeu 12 deputados, a do PP sete e o MDB seis. Na quarta posição, em um empate de parlamentares, há o partido Republicanos, o PL e a federação PSDB-Cidadania, cada um com cinco deputados eleitos.
Acordo tradicional gera polêmica na Assembleia Legislativa
Conforme o acordo firmado nos bastidores da Assembleia, a quarta vaga na presidência ficaria com o Republicanos, uma vez que o partido obteve o maior número de votos em comparação com os outros dois. “Vai ser novamente um revezamento entre as quatro maiores bancadas, e nisso o Republicanos vai ser contemplado, porque fizemos mais votos (do que PSDB e PL). Isso já foi conversado. Em um dos quatro anos, a presidência será do Republicanos”, pontua Sérgio Peres, o mais antigo dos deputados eleitos pelo Republicanos.
A continuidade do acordo deixaria de fora o comando do PSDB, partido do governador reeleito, Eduardo Leite. Alguns parlamentares, como o deputado Pedro Pereira (PSDB), o acordo não deveria ser mantido. “Não existe acordo nenhum. Eu, inclusive, tenho interesse em ser presidente da Assembleia. Até porque nós do PSDB somos governo. E o Republicanos é oposição. Não é? Eu sempre fui contra esse acordo”, afirma.
Já a bancada do PT trata o assunto com cautela em razão das ofensivas que tentam impedir o partido de ocupar o poder na Casa. “A Assembleia Legislativa tem, há muitos anos, a concepção de gestão compartilhada. Isso vem se demonstrando importante para garantir previsibilidade política. Ao usarmos critérios objetivos (para revezar a presidência), evitam-se acordos casuísticos”, coloca Pepe Vargas, líder da bancada do PT.