Ato contra Alckmin reúne Metroviários, MPL, populares e tem drone como novidade

O ato contra o “sufoco” – diga-se superlotação no Metrô – e contra as denúncias de corrupção em obras e licitações do Metrô que envolve os nomes de dois ex-governadores tucanos, Mario Covas e José Serra, e o atual governador de São Paulo, também do PSDB, Geraldo Alckmin, levou cerca de três mil pessoas às ruas na tarde desta quarta-feira, 14, mesmo com um tempo nublado e uma garoa persistente durante quase todo o trajeto. O ato teve início por volta das 15h40, quando munidos de faixas gigantes, bandeiras, cartazes e até pequenos pedaços de papel manifestantes pediam a saída de Alckmin. O protesto organizado pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo, contou com o apoio do Movimento Passe Livre (MPL), de movimentos populares que lutam por moradia, da Mães de Maio e de partidos políticos. IMG_20130814_162525Assim que deixou o Vale do Anhangabaú, o manifesto seguiu pela Rua Libero Badaró, já na frente da sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), policiais militares fizeram um cordão de isolamento na porta principal, que já estava fechada e com luzes apagadas. Assim que chegou no Largo São Francisco, estudantes que estavam na janela da Faculdade de Direito eram chamados aos gritos para descerem e acompanhar a manifestação, que no cruzamento da Avenida Brigadeiro Luis Antônio com Viaduto Maria Paula retornou sentido Praça da Sé. Na João Mendes, pode-se ver o grande contingente policial destacado para o evento. A reportagem do Infodiretas verificou viaturas de diversos batalhões, entre eles 37º (Capão Redondo), 28º (Itaquera) e 8º (Tatuapé), além do 45º e 11º, respectivamente Liberdade e Glicério, que respondem à área de atuação.

DSCF0204Na Praça João Mendes, um fato curioso chamou à atenção de quem passava pelo local ou acompanhava os manifestantes. Três homens estavam com um drone (espécie de mini-avião utilizado para sobrevoar eventos e captar imagens) e assim que alçou voo uma multidão parou para ver o passeio do objeto por sobre a catedral. Por volta das 17h30 a reportagem do Infodiretas passou a acompanhar o coletivo  Juntos!, que bradavam a melodia… “É o não é, Alckmin ladrão, tem dinheiro pra propina e não pra educação”, acompanhados por uma turma com instrumentos de percussão. Já na Rua Boa Vista, em frente à Secretaria dos Transportes Metropolitanos uma catraca foi queimada. Às 18h, o ato estava mais uma vez na região da Sé, desta vez um grupo de manifestantes subiu na escaria da Catedral da Sé e expôs suas faixas. Após cerca de 40 minutos no local, um grupo se dispersou e seguiu até  à Câmara dos Vereadores. Enquanto bandeiras do Psol e PSTU eram empunhadas, houve um princípio de tumulto entre manifestantes que tentavam entrar na Casa e policiais militares que estavam do lado de fora. DSCF0224Pedras e um rojão chegaram a ser disparados na porta principal, a PM revidou com bombas. Por volta das 19h30, a Avenida Brigadeiro Luis Antônio sentido Avenida Paulista foi tomada por inúmeros policiais militares a pé e de viatura, principalmente por homens da Força-Tática, que utilizavam capacete semelhante ao utilizado pela Tropa de Choque. O dois sentidos da via foram interditados por cerca de 10 minutos, alguns ônibus que seguiam em direção à Avenida Paulista fizerem conversões para voltar ao Centro. Com uma garoa mais grossa e temperatura na casa dos 10ºC a manifestação se encerrou por volta das 20h30.